Ibovespa se aproxima dos 140 mil pontos impulsionado por cenário externo e dados internos
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou em alta expressiva, aproximando-se da marca psicológica dos 140 mil pontos. Essa valorização reflete uma combinação de fatores positivos tanto no cenário doméstico quanto internacional, demonstrando a sensibilidade do mercado às notícias econômicas e geopolíticas. A divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que serve como uma proxy do Produto Interno Bruto (PIB), contribuiu para o otimismo, ao indicar um aquecimento da economia brasileira.
Globalmente, a redução da tensão no Oriente Médio, após um período de apreensão com os conflitos entre Israel e Irã, trouxe um respiro aos mercados. Embora a situação geopolítica continue sendo um fator de atenção, a percepção de que um aprofundamento do conflito foi evitado gerou um alívio nas bolsas de valores mundo afora, repercutindo positivamente no Brasil. Além disso, as projeções de inflação e as expectativas em relação à China, um dos principais parceiros comerciais do Brasil, também influenciaram o desempenho do Ibovespa.
Paralelamente à alta do Ibovespa, o dólar registrou queda significativa, atingindo seu menor patamar desde outubro, negociado a R$ 5,48. A desvalorização da moeda norte-americana frente ao real pode ser atribuída a diversos fatores, incluindo o fluxo de capital estrangeiro para o Brasil em busca de melhores retornos, impulsionado pela Selic em patamares elevados. A especulação em torno do rumo dos juros, que também é influenciado por impostos como o IOF e o cenário externo, continuará sendo um balizador importante para o mercado de câmbio.
A movimentação do Ibovespa e do dólar reflete a dinâmica complexa dos mercados financeiros, onde dados econômicos internos se somam a eventos geopolíticos e à política monetária global. A resiliência do mercado brasileiro, mesmo diante de volatilidades externas, sinaliza uma percepção de solidez da economia por parte dos investidores. No entanto, é fundamental acompanhar os próximos passos da política econômica e os desdobramentos globais para entender a sustentabilidade dessas tendências.