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Netanyahu Ameaça Líder Supremo do Irã e Declara ‘Caminho da Vitória’

As recentes declarações do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, têm intensificado as tensões no Oriente Médio. Netanyahu sugeriu abertamente o assassinato do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, como uma via para resolver o conflito israelo-iraniano. Essa retórica belicosa evidencia a profundidade da hostilidade entre as duas nações, que há décadas travam uma guerra velada por influência regional e por questões de segurança. A ameaça direta a um chefe de Estado, mesmo que não seja uma declaração formal de guerra aberta, eleva consideravelmente o risco de uma escalada. A figura do aiatolá Ali Khamenei é central no sistema político-religioso do Irã. Como líder supremo desde 1989, após a morte do aiatolá Ruhollah Khomeini, ele detém a autoridade máxima em assuntos religiosos, militares e políticos. Sua posição é equiparada à de um chefe de Estado e de governo, com poder de veto sobre todas as decisões importantes. A sugestão de sua eliminação, portanto, é percebida como uma afronta direta à soberania iraniana e um ato de guerra por parte de Israel, o que pode provocar uma retaliação severa por parte de Teerã. Ao mesmo tempo em que ameaça o líder iraniano, Netanyahu tenta atiçar a população do Irã, incentivando-os a se rebelar contra o regime. Essa estratégia, de desestabilização interna, não é nova e tem sido utilizada por diversas potências em conflitos geopolíticos. No entanto, o histórico de repressão a protestos e o forte controle estatal no Irã tornam essa tática arriscada e de resultados incertos. A instabilidade interna, caso ocorra, poderia levar a consequências imprevisíveis tanto para o Irã quanto para a região. As declarações de Netanyahu sobre Israel estar ‘no caminho da vitória’ contra o Irã, em meio a essas ameaças e incitações, reforçam a percepção de um confronto iminente ou já em andamento. O conflito entre Israel e Irã se manifesta em múltiplas frentes, incluindo ataques cibernéticos, operações secretas, sanções econômicas e apoio a grupos proxy em países como Líbano, Síria e Iêmen. A retórica cada vez mais agressiva de ambos os lados sugere que o tabuleiro geopolítico do Oriente Médio está prestes a presenciar movimentos mais drásticos e potencialmente desestabilizadores.