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Lula questiona G7 e debate conflitos em cúpula no Canadá

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou no Canadá para participar da cúpula do G7, onde sua presença gerou grande expectativa. Em declarações iniciais, Lula questionou a relevância e a necessidade do G7 na atual configuração geopolítica, levantando um debate sobre a representatividade e a eficácia de arranjos internacionais que não englobam um espectro mais amplo de nações. Essa postura reflete uma linha de pensamento que defende uma maior inclusão de países em fóruns de decisão global, especialmente aqueles com economias emergentes e influência crescente.

Um dos pontos centrais da agenda de Lula na cúpula é a crescente tensão no Oriente Médio, particularmente o conflito entre Israel e Irã. O presidente expressou sua profunda preocupação com a escalada das hostilidades, ressaltando o impacto potencial que a instabilidade na região pode ter na economia global e na segurança energética. A busca por soluções diplomáticas e o apelo ao diálogo são bandeiras que o Brasil, sob a liderança de Lula, tem frequentemente levantado em foros internacionais, buscando desescalar tensões e promover a paz.

Durante sua estada no Canadá, o presidente brasileiro tem uma série de encontros bilaterais agendados. Entre os mais aguardados, estão as reuniões com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau. Essas conversas abordarão temas cruciais como a guerra na Ucrânia, a cooperação econômica e as relações bilaterais. Além disso, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também está prevista para se encontrar com Lula, sinalizando a importância do Brasil para a União Europeia, especialmente em questões ambientais e comerciais.

A participação de Lula na Cúpula do G7 acontece em um momento delicado no cenário internacional, marcado não apenas pelos conflitos no Oriente Médio e na Europa Oriental, mas também por desafios econômicos globais e a urgente pauta climática. A presença de um líder como Lula, que tem defendido uma ordem mundial multipolar e um papel mais proativo dos países em desenvolvimento, adiciona uma perspectiva distinta aos debates do G7, que tradicionalmente reúnem as maiores economias industrializadas do mundo.