A cidade de Toledo, no Paraná, deu um importante passo no enfrentamento das síndromes gripais e doenças respiratórias ao inaugurar uma Unidade de Atendimento Sentinela. Esta nova estrutura tem como objetivo principal desafogar os hospitais já sobrecarregados e garantir um atendimento mais ágil e focado para pacientes com sintomas respiratórios. A medida é crucial em um momento em que o estado do Paraná enfrenta um aumento significativo de casos. A Unidade Sentinela permitirá um diagnóstico precoce e encaminhamento adequado, evitando a superlotação das emergências. A estratégia da Unidade Sentinela adota um modelo de triagem e encaminhamento, o que significa que pacientes com sintomas leves a moderados podem ser tratados no local sem a necessidade de deslocamento para hospitais, liberando assim recursos para casos mais graves. Além disso, a unidade contribuirá para o monitoramento epidemiológico, fornecendo dados importantes sobre a incidência e prevalência de síndromes gripais na região, o que é fundamental para a tomada de decisões em saúde pública. A criação desta unidade reflete a crescente preocupação com a saúde respiratória na região. O Paraná registrou um alarmante número de 12.011 casos de síndromes gripais e 598 óbitos em 2025. Esses dados reforçam a urgência de medidas de saúde pública eficazes, como a ampliação da capacidade de atendimento e a intensificação das campanhas de vacinação. A baixa cobertura vacinal contra a gripe no estado, atualmente em apenas 45,80%, é um fator preocupante que contribui para a propagação das doenças. Em resposta à situação, o governo do estado do Paraná tem agido para aumentar a capacidade de atendimento hospitalar. Foram autorizados mais 77 leitos para pacientes com doenças respiratórias, distribuídos estrategicamente para atender às demandas regionais. Em um exemplo notável, 25 desses leitos foram abertos em São Miguel do Iguaçu, especificamente para atender pacientes de Foz do Iguaçu, buscando mitigar a pressão sobre os hospitais daquela cidade. A parceria entre municípios e o governo estadual é fundamental para coordenar as ações e garantir que todos os cidadãos recebam o tratamento necessário. A abertura de leitos adicionais e a inauguração de unidades de atendimento especializadas são passos essenciais para mitigar o impacto das doenças respiratórias na população e no sistema de saúde. No entanto, é imperativo que a população participe ativamente da campanha de vacinação contra a gripe, que continua sendo uma das ferramentas mais eficazes para prevenir casos graves e óbitos. A conscientização e a adoção de medidas preventivas, como a higienização das mãos e o uso de máscaras em locais de alto risco, também desempenham um papel crucial na contenção da disseminação de doenças respiratórias. Ações coordenadas entre governo, hospitais e a população são a chave para um enfrentamento bem-sucedido desta situação de saúde pública.