Trump vetou plano de Israel para assassinar líder do Irã, revelam autoridades dos EUA
Em 2020, o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teria vetado um plano de Israel para assassinar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. A informação foi revelada por autoridades americanas e vem à tona em um momento de crescente tensão entre Israel e Irã, levantando questões sobre a dinâmica das relações internacionais e as estratégias de contenção de conflitos. A decisão de Trump de vetar a operação reflete a complexidade da geopolítica do Oriente Médio, onde ações militares podem ter repercussões imprevisíveis. Eliminar um líder religioso e político de tamanha importância como Khamenei, que detém a autoridade máxima no Irã desde a morte do aiatolá Khomeini em 1989, poderia desencadear uma série de retaliações e desestabilizar ainda mais a região, que já enfrenta conflitos como a guerra civil na Síria e a instabilidade no Iraque. O suposto veto de Trump também pode ser interpretado como uma tentativa de evitar uma escalada de violência que poderia arrastar os Estados Unidos para um conflito direto com o Irã. Apesar da retórica agressiva de Trump contra o Irã e sua decisão de retirar os EUA do acordo nuclear iraniano (JCPOA) em 2018, o ex-presidente demonstrou em várias ocasiões uma relutância em se envolver em novas guerras no Oriente Médio. A notícia do veto é particularmente relevante dado o atual cenário de confrontos diretos entre Israel e Irã, marcados por ataques e retaliações mútuas que se intensificaram recentemente. O contexto inclui a crescente influência do Irã na região, seu programa nuclear avançado e o apoio a grupos como o Hamas e o Hezbollah, o que representa uma ameaça constante à segurança de Israel e seus aliados, como os EUA. A atitude de Trump, portanto, pode ter sido uma manobra para controlar a agressividade de Israel e evitar uma guerra em grande escala. Embora a administração Trump tenha sido próxima de Israel, a intervenção direta para impedir o assassinato de Khamenei sugere uma linha vermelha para a Casa Branca, indicando que, apesar das alianças, certas ações são consideradas perigosas demais para a estabilidade global.