Trump avalia expandir restrições de entrada nos EUA para cidadãos de mais 36 países, a maioria africanos
A administração do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, analisava a possibilidade de expandir as restrições de entrada no país para cidadãos de mais 36 nações, a maioria delas localizadas no continente africano. Essa medida, que se basearia na já implementada proibição de viagens conhecida como ‘travel ban’, tinha como objetivo, segundo os defensores da proposta, reforçar a segurança nacional e pressionar países que não cooperavam plenamente com as políticas de imigração americanas. Tal iniciativa geraria preocupações significativas em diversas esferas, desde os direitos humanos até as relações diplomáticas globais. A notícia, divulgada por veículos da imprensa americana como o Politico e o New York Times, baseava-se em memorandos internos do Departamento de Segurança Interna. Estes documentos detalhavam uma lista de países que seriam alvo potencial das restrições, justificando a inclusão pela suposta incapacidade ou falta de vontade de fornecer informações de segurança adequadas ou pela alta taxa de cidadãos que permaneceram nos EUA além do período de seus vistos. A implicação de que muitos desses países são africanos reacendia debates sobre a discriminação e o impacto desproporcional nas populações mais vulneráveis. A decisão de implementar tais restrições teria consequências abrangentes. No âmbito econômico, haveria um impacto direto no turismo e nos intercâmbios comerciais e educacionais entre os EUA e os países afetados. Do ponto de vista humanitário, a proibição poderia separar famílias, dificultar o acesso a cuidados médicos e limitar oportunidades de desenvolvimento. Além disso, a proposta arriscava deteriorar ainda mais as relações dos EUA com países africanos, potencialmente empurrando-os para a órbita de influência de outras potências globais. Historicamente, medidas de restrição de viagens por parte dos EUA têm sido controversas. O ‘travel ban’ original, que mirava predominantemente nações de maioria muçulmana, enfrentou batalhas legais e foi amplamente criticado por organizações de direitos humanos e nações aliadas. A expansão proposta por Trump seguiria uma lógica similar, prometendo reacender o debate sobre se tais políticas são eficazes para a segurança nacional ou se servem primariamente a propósitos políticos e ideológicos. Esta política, embora não implementada em sua totalidade, demonstrava a inclinação da administração anterior em usar a imigração como ferramenta de política externa e de segurança.