A deputada federal Carla Zambelli, que se encontrava fora do Brasil, teve sua localização confirmada na Itália pela Polícia Federal brasileira. A descoberta intensifica a pressão sobre a parlamentar, que é alvo de um mandado de prisão preventiva no âmbito de investigações sobre atos antidemocráticos. A presença de Zambelli no exterior e a subsequente localização pela PF levantam uma série de questões jurídicas e políticas sobre seu futuro próximo. A defesa da deputada, agora assumida por um advogado italiano, argumenta que Zambelli não tem a intenção de permanecer foragida e expressa sua vontade de se apresentar às autoridades locais. Essa estratégia visa demonstrar colaboração e, possivelmente, influenciar o processo de extradição, que se torna a principal preocupação jurídica neste momento. A contratação de um profissional com expertise no direito italiano é um passo crucial para tentar mitigar os riscos de uma repatriação compulsória para o Brasil. Flávio Bolsonaro, a exemplo de outros parlamentares e figuras políticas alinhadas à deputada, classifica a situação de Zambelli como “perseguição política”. Essa narrativa busca construir um contraponto à acusação de atos ilícitos, enquadrando as ações do sistema judiciário como motivadas por interesses políticos e não por provas concretas de crimes. A defesa da deputada deve explorar essa linha argumentativa tanto no âmbito público quanto nos trâmites legais internacionais. O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, fez uma referência ao caso de Cesare Battisti, um extradição complexa que envolveu Brasil e Itália. Essa menção sublinha a seriedade e os precedentes que podem ser considerados em um eventual processo de extradição de Zambelli. Cada caso de extradição possui suas particularidades, mas exemplos anteriores servem como balizadores para as decisões dos tribunais e para as estratégias jurídicas de defesa e acusação. A confirmação da localização de Zambelli pela Polícia Federal na Itália representa um avanço significativo nas investigações. Agora, a bola está nos tribunais italianos e brasileiros, que precisarão lidar com os pedidos de extradição e as argumentações da defesa. O desfecho dessa situação terá implicações importantes para o cenário político-jurídico brasileiro, especialmente no que tange a investigações de grande repercussão e o tratamento de parlamentares que são alvo de mandados de prisão.