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Moraes revoga prisão de ex-ministro Gilson Machado e delação de Mauro Cid sob escrutínio

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a revogação da prisão preventiva de Gilson Machado, ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Embratur durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão de Moraes, conhecida nesta semana, não detalha os motivos da soltura do ex-ministro, que havia sido alvo de investigações. Machado, que ocupou cargos estratégicos na gestão anterior, vinha sendo monitorado por possíveis envolvimentos em esquemas que estão sendo apurados pela Justiça, embora os detalhes de sua prisão não tenham sido amplamente divulgados publicamente. Sua soltura agora movimenta o cenário político e jurídico. A revogação da prisão de Gilson Machado acontece em um momento delicado, especialmente com a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, sob intenso escrutínio. Informações recentes indicam que a credibilidade do acordo de colaboração de Cid tem sido questionada por diversas frentes, incluindo alegações sobre uma suposta tentativa de obtenção de passaporte português para fugir do Brasil. Tais questionamentos adicionam uma camada de complexidade às investigações em curso, uma vez que a delação de Cid é considerada peça-chave em vários inquéritos envolvendo figuras importantes do governo anterior. As implicações da possível fragilização da delação de Mauro Cid são vastas e podem afetar a conclusão de diversas investigações em andamento, incluindo aquelas relacionadas a supostos atos antidemocráticos, fraudes em cartões de vacinação e a venda ilegal de joias. Em depoimento à Polícia Federal, Cid negou ter solicitado o passaporte português com intenção de fuga, buscando reafirmar a validade de sua colaboração. A defesa de Cid argumenta que qualquer movimento para obter cidadania estrangeira seria um direito e não indicativo de intenção de evadir-se da justiça. O cenário jurídico se mostra dinâmico, com a interligação entre a soltura de Machado e as incertezas sobre a delação de Cid. A postura das autoridades e a comprovação ou desmistificação das alegações sobre Cid serão cruciais para o desdobramento dos próximos capítulos. A sociedade e os órgãos de controle aguardam os próximos passos para entender o impacto dessas decisões e revelações na transparência e no combate a irregularidades no país.