Superintendente do DNIT no Tocantins é afastado do cargo durante investigação sobre queda de ponte

Afastamento de Renan Bezerra de Melo Pereira foi publicado no Diário Oficial da União. Ponte desabou em dezembro deixando mortos e desaparecidos. Bombeiros já estão fazendo buscas na região da ponte entre o Tocantins e o Maranhão
Divulgação/Bombeiros
O superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Tocantins, Renan Bezerra de Melo Pereira, foi afastado do cargo nesta sexta-feira (17). A medida foi tomada pelo Ministério dos Transportes quase um mês após a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Tocantins e o Maranhão.
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A decisão é do ministro dos Transportes, Renan Filho, e foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (17). O afastamento, segundo a publicação, é pelo prazo de até 60 dias, podendo ser prorrogado pelo mesmo período.
A ponte desabou no dia 22 de dezembro de 2024, pouco antes das 15h. Dez veículos, entre carros, motos, caminhonetes e carretas. Ao todo, o acidente fez 18 vítimas, sendo que um homem sobreviveu, três pessoas ainda estão desaparecidas e 14 morreram.
Conforme a portaria que determinou o a medida no estado, o afastamento preventivo não vai gerar prejuízo da remuneração do servidor e o superintendente deverá ‘permanecer à disposição do DNIT durante o período mencionado, informando endereço, telefone e outros meios de contato para eventual convocação’.
No lugar de Renan Bezerra, o diretor-geral do DNIT, Fabrício de Oliveira Galvão, nomeou o servidor Flávio Ferreira Assis, que atuava como supervisor do órgão em Palmas.
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Colapso
A ponte liga as cidades de Aguiarnópolis, no Tocantins, e Estreito, no Maranhão. No desabamento caíram no rio Tocantins três motos, um carro, duas caminhonetes e quatro caminhões, sendo que dois deles carregavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e outro 22 mil litros de defensivos agrícolas.
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do governo federal, o desabamento ocorreu porque o vão central da ponte cedeu. A causa do colapso ainda está sendo investigada, de acordo com o órgão. A Polícia Federal também abriu uma investigação para apurar a responsabilidade da queda da estrutura.
A ponte foi completamente interditada e os motoristas devem usar rotas alternativas.
O momento em que estrutura cedeu foi registrado pelo vereador Elias Junior (Republicanos). Semanas depois do acidente, ele contou em entrevista ao g1, como foram os dias após o colapso da estrutura e os impactos gerados para toda a população da região. “Foi bem difícil, principalmente bem no início, quando iam chegando os familiares para acompanhar a retirada dos corpos. Então eu que convivi, estive desde o início acompanhando tudo isso, não é fácil. A gente sofre junto com eles e então aqui foi a maior tragédia considerada aqui da nossa cidade”, lamentou o vereador.
No dia 10 de janeiro, foi publicado no Diário Oficial da União a contratação da empresa PIPES Empreendimentos LTDA, no valor de R$ 6.405.001,97. O documento foi assinado pelo superintendente do DNIT no Tocantins, Renan Bezerra de Melo Pereira. Segundo o termo, o contrato vale por um ano, contados a partir do dia do acidente, em 22 de dezembro de 2024.
Íntegra da nota do DNIT:
O superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Tocantins, Renan Bezerra de Melo Pereira, ficará afastado de suas atividades enquanto durarem o período de investigações sobre a queda da ponte JK, localizada na BR-226, entre as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO).
O afastamento, assinado pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (17).
Ponte entre Maranhão e Tocantins desaba sobre rio
Arte/g1
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