Barueri é a cidade mais cara para viver de aluguel; veja o ranking e o custo médio do metro quadrado

Município lidera a lista com o metro quadrado a R$ 65,41 por mês, mostra o Índice FipeZAP. Levantamento acompanha o preço médio de locação de apartamentos prontos em 36 cidades brasileiras. Bairro de Alphaville, em Barueri (SP).
Divulgação/Prefeitura
A cidade de Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo, é a mais cara para se viver de aluguel no Brasil. É o que revelam dados do Índice FipeZAP, divulgados nesta terça-feira (14).
Para morar no município, é necessário desembolsar, em média, R$ 65,41/m² por mês. No caso de um imóvel de 50 metros quadrados, por exemplo, o valor médio de locação é de R$ 3.270.
Desde setembro de 2022 a cidade lidera o ranking. Paula Reis, economista do DataZAP, explica que os preços refletem o investimento do município no segmento de alto padrão, em especial durante a pandemia de Covid-19. Os valores são puxados pelo bairro de Alphaville.
“A segmentação e o nicho desse mercado tendem a contribuir para uma valorização mais acentuada em Barueri”, diz. “É o caminho contrário ao de São Paulo, que, dado seu porte, abrange diversos segmentos de mercado em diferentes bairros, resultando em choques menos pronunciados.”
O Índice FipeZAP acompanha o preço médio de locação de apartamentos prontos em 36 cidades brasileiras — sendo 22 capitais. Os dados são referentes a dezembro de 2024.

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A segunda cidade mais cara do país é a própria capital: em São Paulo (SP), o custo médio mensal do aluguel é de R$ 57,59/m². Para um imóvel de 50/m², o valor chega a R$ 2.879.
Florianópolis (SC) vem em terceiro lugar, com custo de R$ 54,97/m², ou R$ 2.748.
Na outra ponta, o aluguel residencial mais barato do país está no Sul: em Pelotas (RS), o custo médio é de R$ 18,61/m². Vêm logo à frente duas capitais nordestinas: Teresina (PI), com custo de R$ 22,49/m², e Aracaju (SE), de R$ 24,90/m².
Seguindo o mesmo exemplo de imóveis de 50 metros quadrados, os aluguéis seriam de:
Pelotas: R$ 930
Teresina: R$ 1.124
Aracaju: R$ 1.245
O preço médio dos novos contratos de aluguéis, calculado para as 36 cidades do índice, é de R$ 48,12/m², segundo dados de dezembro. Com essa base, o aluguel de um apartamento de 50 metros quadrados custa, em média, R$ 2.406 no país — quase R$ 279,50 acima do ano anterior (R$ 2.126,50).
Segundo o censo, há mais brasileiros vivendo em imóveis alugados
Média nacional subiu quase o triplo da inflação em 2024
Os novos contratos de aluguéis residenciais ficaram, em média, 13,50% mais caros em 2024, segundo o Índice FipeZAP. O resultado ficou 2,66 pontos percentuais (p.p.) abaixo do registrado em 2023, quando o avanço foi de 16,16%.
O aumento anual foi quase o triplo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, que avançou 4,83% no ano. Com isso, a alta real dos novos aluguéis (descontada a inflação) foi de 8,67%.
Paula Reis, do DataZAP, explica que o aumento acima da inflação está relacionado ao desempenho da economia brasileira — em especial ao mercado de trabalho, que segue forte.
A taxa de desemprego no Brasil foi de 6,1% no trimestre terminado em novembro, mostrou a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. Essa é a menor taxa de desocupação da série histórica, iniciada em 2012.
“Os dados de emprego são fator importante para o mercado de locação”, explica. Na prática, quando um número maior de pessoas possui renda, a tendência é que haja uma maior procura por imóveis, o que colabora com a alta dos preços.
Segundo a economista, há chances de uma alta ainda maior em 2025 devido a dois fatores:
projeções ainda otimistas para o mercado de trabalho;
e um mercado de venda de imóveis restrito em meio ao encarecimento do crédito imobiliário, que acompanha a alta da Selic, a taxa básica de juros do país.
Alta nas cidades
De acordo com o levantamento, apenas um município monitorado não teve alta real no preço médio do aluguel em 2024: Maceió (AL), cujo aumento foi de 3,35% — ou seja, abaixo da inflação do ano.
Quando observadas apenas as capitais monitoradas, os maiores avanços no ano foram em Salvador (33,07%), Campo Grande (26,55%), Porto Alegre (26,33%) e Recife (16,17%). Com os números, a capital baiana também lidera o ranking geral.
Veja na arte abaixo.
Avanço no preço do aluguel residencial em 2024
Arte/g1

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