Supersalário: auditor fiscal recebe até R$49 mil em MS, aponta levantamento

Dados divulgados pela organização República.org traçam panorama nacional de cargos do serviço público e destaca remuneração em Mato Grosso do Sul. Levantamento mostra salários de cargos públicos de MS.
Divulgação/Sefaz MS
O Anuário de Gestão de Pessoas no Serviço Público, realizado pelo Instituto República.org, aponta que o salário de auditor fiscal em Mato Grosso do Sul pode chegar aos R$49 mil. O valor é superior ao teto constitucional, atualmente em R$44 mil.
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O salário para o cargo é maior, por exemplo, do que o de Procurador do Estado, que recebe até R$47 mil.
o g1 entrou em contato com o governo estadual e não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
A análise indica, ainda, que a amplitude salarial, ou seja, a diferença entre o salário mínimo e o máximo, de auditor fiscal no estado varia de R$8 mil aos R$49 mil. Confira abaixo as amplitudes dos salários analisados pelo anuário em Mato Grosso do Sul:
Auditor fiscal: de R$8 mil a R$49 mil
Procurador do Estado: de R$30 mil a R$47 mil
Secretário de Estado: R$35 mil
Subsecretários: R$34 mil
Analista de gestão governamental: de R$1,2 mil a R$16 mil
Gestor governamental: de R$5 mil a R$9 mil
Superintendente: R$7 mil
O estudo observa que a baixa amplitude salarial, em que há pouca evolução do valor recebido no início da carreira e o do fim da carreira, pode ter impactos no desempenho do servidor.
“Embora não haja um consenso sobre qual amplitude é a ideal, o fato é que a remuneração é um dos importantes fatores motivacionais no mundo do trabalho e a reduzida amplitude geral pode impactar na predisposição dos servidores federais a buscar preencher requisitos para progressão e promoção, além de afetar o próprio desempenho individual do servidor”, aponta o estudo.
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Distorções
O levantamento apresenta panorama nacional e lista distorções em relação aos salários públicos no país. Ao todo, cinco distorções foram identificadas:
1ª distorção: carreiras similares com salários distintos
2º distorção: ausência de equivalência entre salário e complexidade da função exercida
3ª distorção: ausência de padronização das amplitudes remuneratórias
4ª distorção: audência de uma política e técnica de reajuste do salário-base
5ª distorção: desvirtuamento da remuneração variável vinculada ao desempenho
O documento aponta a necessidade de mudanças nas políticas e reforma no sistema de carreiras no país. Outro ponto elencado é a racionalização do trabalho para diminuir as distorções salariais para “estabelecer um sistema mais justo e fiscalmente sustentável a longo prazo”.
Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:

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