Lula abre reunião ministerial na Granja do Torto, em Brasília

Presidente recebe ministros na Granja do Torto, uma semana após polêmica do PIX e em meio a cobranças por reforma ministerial. Até agora, só Secretaria de Comunicação foi trocada. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (20), em reunião ministerial na Granja do Torto, em Brasília, que
Lula se reuniu com os ministros para traçar diretrizes para a segunda metade do governo (2025 e 2026) e passar “missões” para combater as causas de desgastes recentes – como a polêmica em torno da fiscalização do PIX e a alta na inflação dos alimentos.
Após a fala do presidente, os ministros devem discursar e apresentar um balanço específico de suas pastas e as principais ações previstas para os meses seguintes.
Lula reúne ministérios para reforçar cobrança por entregas e sob expectativa de reforma
Reforma ministerial
A reunião ministerial acontece num momento em que aliados do governo no Congresso Nacional cobram mudanças no primeiro escalão, buscando dar mais espaço a integrantes de partidos que sustentam o governo no Legislativo.
Oficialmente, a única troca anunciada até agora foi na Secretaria de Comunicação Social (Secom), onde o publicitário Sidônio Palmeira — que atuou na campanha de Lula em 2022 — assumiu como ministro no lugar de Paulo Pimenta (PT-RS).
Segundo aliados de Lula, há cobranças também por trocas em ministérios com gabinete no Palácio do Planalto (Secretaria-Geral e Secretaria de Relações Institucionais), além de pastas como Saúde, Mulheres e Justiça.
Em entrevista à GloboNews, no último dia 9 de dezembro, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o presidente poderia fazer mais trocas antes da reunião ministerial. No entanto, não houve mais anúncios por parte de Lula.
Desafios de Lula
O ano de 2025 se inicia com diversos desafios para o governo do presidente Lula na área econômica, na política externa, na relação com o Congresso e no meio ambiente.
Veja abaixo alguns exemplos:
melhorar a relação com o mercado financeiro (o presidente costuma criticar as projeções do mercado em relação à economia brasileira);
costurar alianças para as eleições de 2026;
melhorar a relação com o Congresso (Câmara e Senado terão novos presidentes neste ano);
aumentar a participação da União em ações de segurança pública nos estados (governadores de oposição têm se manifestado contrariamente);
viabilizar a COP 30 em Belém, uma vitrine para o Brasil se projetar no mundo como autoridade em preservação ambiental, transição energética e desenvolvimento sustentável.

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