Entenda o que é o RedNote, aplicativo para o qual os americanos estão migrando

Aplicativo se tornou um refúgio para usuários do TikTok, que já saiu do ar nos EUA devido à lei que determina seu banimento do país O aplicativo de mídia social chinês RedNote disparou para o topo da loja de aplicativos da Apple, reforçando as preocupações de que o TikTok pode efetivamente ser banido nos Estados Unidos. No fim da noite de sábado, pouco antes do início do domingo e do fim do prazo que tinha para encontrar um comprador de sua operação nos EUA, o TikTok tornou seu aplicativo inacessível no país.
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Segundo a CNBC, o RedNote, ou Xiaohongshu, termo em mandarim para “pequeno livro vermelho”, foi o aplicativo gratuito número um da loja de aplicativos da Apple na semana passada, seguido pelo aplicativo de compartilhamento de fotos do TikTok, Lemon8, e pelo ChatGPT, da OpenAI.
Com sede em Xangai, o RedNote foi fundado em 2013 e tem desafiado cada vez mais o Alibaba e a Douyin, a versão chinesa do TikTok da ByteDance, no comércio eletrônico e nas redes sociais. Ele tinha cerca de 300 milhões de usuários ativos mensais em julho de 2024, segundo um relatório do South China Morning Post.
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O RedNote foi avaliado em US$ 17 bilhões após arrecadar financiamento em julho de investidores como Boyu Capital e HongShan Capital Group, anteriormente o braço de investimentos chinês da Sequoia Capital, de acordo com a PitchBook.
No total, arrecadou mais de US$900 milhões em financiamento e tem mais de 2.000 funcionários, segundo a PitchBook.
A migração digital dos chamados “Refugiados do TikTok” ocorreu antes do prazo final de 19 de janeiro, quando o TikTok poderia ser suspenso nos EUA, a menos que sua empresa controladora, a ByteDance, se desfizesse do aplicativo.
O RedNote é frequentemente comparado ao TikTok devido ao seu foco em conteúdo de vídeos curtos, além de integrar elementos semelhantes aos do Pinterest, oferecendo aos usuários uma combinação de recursos de vídeo e transmissão ao vivo.
A plataforma permite que os usuários compartilhem análises de produtos, experiências e conteúdo de estilo de vida, criando uma combinação de interação social e compras on-line.
O Supremo Tribunal dos EUA realizou audiências orais na semana passada sobre a lei implementada em abril que prepara o terreno para a proibição e deu indícios de que concordava com os argumentos do governo americano de que a propriedade do TikTok pela ByteDance representa um risco à segurança nacional. Na sexta-feira, a Suprema Corte americana decidiu pela manutenção da legislação, recusando recurso da empresa, confirmando assim o banimento do TikTok a partir deste domingo.
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Advogados representando o TikTok e os criadores argumentaram que a lei viola as proteções de liberdade de expressão de milhões de usuários norte-americanos.
Se a Suprema Corte mantiver a lei, fornecedores de serviços de terceiros como Apple e Google serão penalizados por dar suporte ao TikTok, o que efetivamente banirá o aplicativo nos EUA. Não está claro se o presidente eleito Donald Trump, que assume o cargo em 20 de janeiro, escolherá aplicar a lei.
Alguns criadores do TikTok estão colocando em prática planos de contingência, migrando para o RedNote.
Um criador de conteúdo, que atende pelo nome de usuário allieusyaps, disse em uma postagem na segunda-feira que, embora “não haja problema” com o fato de o TikTok poder ser banido nos EUA, ele e outros criadores “não estão voltando para o Instagram e o Facebook” porque se juntaram à RedNote.
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“Olha, eu talvez não tenha um emprego na próxima semana, mas estamos prestes a aprender mandarim, bebê!”, escreveu o usuário.
Outro criador do TikTok, chamado Krystan Walmsley, publicou um vídeo curto ensinando as pessoas a configurar e decorar suas contas no RedNote.
“Este aplicativo é muito fofo e tem sido muito divertido até agora”, disse Walmsley.
Representantes do RedNote e do TikTok não responderam imediatamente aos pedidos de comentário.
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