Tenente-coronel Ivan Blaz se despede do 2º BPM em grupo do WhatsApp e recebe apoio: ‘parabéns pela brilhante carreira dentro da PM’

Ex-porta-voz da PM foi exonerado após protagonizar uma confusão num prédio no Flamengo atrás de um traficante Moradores e policiais lamentaram a saída do tenente-coronel Ivan Blaz, ex-porta-voz da Polícia Militar, do comando do 2º BPM (Botafogo). Em um grupo do WhatsApp, destinado a informações sobre o bairro da Zona Sul, apoiadores elogiaram o trabalho do agente e o desejaram boa sorte na nova função, ainda a ser decidida pela Corregedoria da PM. Blaz foi exonerado nessa sexta-feira, após protagonizar uma confusão num prédio no Flamengo atrás de um traficante, e transferido para a Diretoria Geral de Pessoal.
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No grupo do WhatsApp, o tenente-coronel publicou uma mensagem de despedida:
“Pessoal, boa tarde. Me despeço do 2º batalhão. Agradeço o apoio de todos. Obrigado pelas conexões que estabelecemos nos grupos, e espero que tenham a mesma paciência e atenção que tiveram comigo, com o novo comandante”.
Um dos integrantes do grupo dedicou uma longa mensagem a Blaz, desejando sucesso futuro. Na mensagem, ele também aproveitou para reclamar sobre a rotatividade dos comandantes, o que, para ele, atrapalha o trabalho de segurança:
“Parabéns pela brilhante carreira dentro da PM e pela sua atuação no 2º BPM, mas não posso deixar de registrar que, embora a rotatividade no comando dos batalhões seja importante, ela vem ocorrendo com frequência muito elevada e isso, com certeza, não é bom para a população da região e nem para o próprio desempenho da PM. Quando o comandante consegue conhecer e equacionar os problemas da área, e começa a vislumbrar soluções […], ele é substituído. É o que tenho observado desde que faço parte desse grupo, os comandantes nem conseguem esquentar a cadeira e já estão saindo”.
Exoneração do 2º BPM
O motivo da saída de Ivan Blaz do 2º BPM foi uma confusão num prédio da Avenida Rui Barbosa, no Flamengo, em 10 de janeiro. Naquele dia, câmeras de segurança e filmagens de moradores flagraram o policial e uma colega à paisana intimidando um porteiro em busca do paradeiro de um traficante.
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As gravações mostram o tenente-coronel na calçada do prédio junto à colega. Ele usava bermuda, chinelo e óculos de sol, além de uma camiseta amarela amarrada na cabeça. Nas mãos, segurava uma sacola de supermercado e uma latinha. A policial que o acompanhava estava de calça jeans, sandália e blusa branca.
Os dois ficam ao menos cinco minutos do lado de fora, até aproveitarem a saída de algumas pessoas para entrar no prédio. O acesso foi feito pela garagem do condomínio, que tem ao menos seis câmeras de segurança na fachada.
O registro seguinte já mostra o porteiro imobilizado no chão pelos policiais. A gravação flagrou falas dos agentes ao funcionário do prédio: “você está na sacanagem, você sabe”, disse Blaz.
O porteiro nega a afirmação, mas é interrompido pela policial, colega do tenente-coronel: “deixa que na hora certa você vai falar, a hora de você colaborar passou”.
Segundo fontes ouvidas pelo GLOBO, o tenente-coronel teria ido ao prédio atrás do paradeiro de Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, traficante do Terceiro Comando Puro. Ele é chefe da facção no Complexo de Israel, na Zona Norte, e um dos nomes mais procurados pela polícia.

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