Deputada do PSOL divulgou gravação em que defende aumento da fiscalização do Pix, suspenso esta semana pela Receita Federal; até 16h deste sábado, conteúdo tinha 13,5 milhões de visualizações A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) divulgou, neste sábado, um vídeo que funciona como um espécie de resposta ao seu colega de Casa, Nikolas Ferreira (PL-MG). Com uma roupa branca em um fundo cinza, Erika defende o presidente Lula (PT) e a medida já revogada da Receita Federal, que buscava ampliar a fiscalização em transações bancárias, incluindo o Pix. A atuação de Nikolas neste tema encabeçou a repercussão negativa, que culminou no recuo do governo federal.
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A gravação da psolista segue os mesmos moldes do vídeo de Nikolas Ferreira, que viralizou nesta semana, ultrapassando 318 milhões de visualizações.
Também com cerca de quatro minutos de duração e em um cenário neutro, Erika só se diferencia de Nikolas em seus argumentos. Enquanto o bolsonarista criticou a fiscalização, a psolista a defende.
— Lula nunca defendeu a taxação do Pix. Muito pelo contrário, quem sempre defendeu a taxação do Pix foi o ex-ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes. Lula propôs algo que já existe. Hoje já se passa a receita federal a informação de movimentações a partir de R$ 2 mil, o governo queria era aumentar para R$ 5 mil na tentativa de constranger e coibir criminosos — diz Erika Hilton.
Ao longo do vídeo, a psolista alfineta Nikolas Ferreira sem citá-lo nominalmente. Ela afirma que a extrema-direita agiu com o intuito de deixar a população com medo e diz que a ação foi capitaneada por parlamentares favoráveis às “jornadas exaustivas de trabalho”, em referência ao posicionamento contrário do deputado em relação à Proposta da Emenda à Constituição (PEC) pelo fim da escala 6×1, de sua autoria.
Publicado no início da tarde deste sábado, o vídeo tinha pouco mais de 13,5 milhões de visualizações até a data desta publicação. A última atualização se deu às 16h30.
Anunciada pela Receita Federal, a nova regra consistia na ampliação da fiscalização: pessoas que movimentassem mais de R$ 5 mil teriam seus dados enviados. Esta conduta já valia antes para bancos tradicionais, mas seria expandida para os digitais, as chamadas fintechs.
Nikolas fura bolha
A gravação divulgada por Nikolas Ferreira ultrapassou a marca de 300 milhões de visualizações, tornando-se o principal conteúdo sobre o tema nas redes sociais. Ele também ganhou mais de um milhão de seguidores em um período de dois dias no Instagram, ultrapassando Lula na plataforma.
No vídeo, o deputado do PL reconhece que a medida não inferiria em taxação, mas dá a entender que as pessoas poderiam vir a ser tributadas eventualmente.
— O governo Lula vai monitorar seus gastos. E não o pix não será taxado, mas é sempre bom lembrar… A comprinha da China não seria taxada, mas foi. Não ia ter sigilo, mas teve. Você ia ser isento do imposto de renda, não vai. O pix não será taxado, mas não duvido que possa sim. Quem mais será afetado por esta medida serão os trabalhadores, que serão monitorados como se fossem grandes sonegadores — diz Nikolas Ferreira.
Em outra parte da gravação, ele afirma que o intuito da medida é “arrecadar mais impostos” e “tirar dinheiro do bolso” dos brasileiros.
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