Galinha e ganso de estimação: pets inusitados chamam atenção em cidade no interior de SP

O borracheiro Sebastião Pedro de Campos, de 80 anos, tem a companhia do ganso Tunico durante o dia. A pequena Manuela Aparecida Mingote, de 4 anos, dorme, come e até pinta a unha da galinha Kiki. Galinha e ganso viram atração nas casas de duas famílias em Barrinha
A escolha por um animal de estimação na maioria das vezes varia entre opções tradicionais como cachorro, gato ou peixe. Em Barrinha (SP), no entanto, foi uma galinha e um ganso que conquistaram o coração de dois moradores da cidade.
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O borracheiro Sebastião Pedro de Campos, de 70 anos, encontrou no ganso Tunico uma grande amizade. Os dois passam o dia juntos e compartilham tarefas do dia a dia.
“É o dia inteiro, ele vai pra todo lado, eu vou limpar o quintal ele está atrás, vou molhar as plantas, ele está lá agarrado, aí eu venho embora pra frente e ele vem junto”, comenta o borracheiro.
O ganso, no entanto, não é o único animal de penas que fez amizade na cidade de pouco mais de 30 mil habitantes. A pequena Manuela Aparecida Mingote, de 4 anos, se encantou com a Kiki, uma galinha que é uma verdadeira companheira.
A mãe da Manuela, a gari Maraisa Aparecida Gomes da Rocha, conta que até tentou acostumar a filha com outros animais, mas nenhum tentativa deu certo.
“Eu tentei dar um gatinho pra ela, até um certo tempo deu certo, aí ela desapegou e não quis saber mais. Cachorro também ela não brinca muito, tinha o nosso que era filhote, mas não se acostuma, parece que o negócio dela é a galinha mesmo”, diz.
A menina gostou tanto que a mãe acabou dando uma outra galinha, a Nina. Apesar de gostar das duas, a paixão da Manuela é a Kiki e o sentimento é recíproco.
Galinha e ganso de estimação: pets inusitados chamam atenção em Barrinha
Reprodução/EPTV
🐣Manu e Kiki, melhores amigas
O interesse da Manuela por galinhas começou com ela ainda bebê. Uma tia cria aves e, depois de perceber que a menina gostava e ficava as chamando, resolveu dar uma para a sobrinha, como lembra Maraisa.
“Ela criou até os 3 anos e pouquinho, aí a galinha morreu. Depois ela deu essa aqui que é a Kiki, essa é mais apegada que a outra [a Nina], nessa ela dá banho, come com ela, passeia. Eu vou trabalhar às vezes de faxineira no restaurante aqui perto e ela leva, fica no meio do pessoal, andando atrás dela. A galinha só vai com ela, não adianta ninguém pegar.”
As duas até dormem juntas e a Kiki só se levanta depois que a Manuela decide acordar. O problema começa quando é preciso ir para algum lugar onde a galinha não pode entrar. A criança sempre cai no choro.
Manuela Aparecida Mingote, de quatro anos, com sua galinha Kiki em Barrinha, SP
Reprodução/EPTV
A mãe da Manuela conta que a relação das duas não ficou apenas na diversão. A filha começou a socializar mais depois da nova amizade e melhorou muito sua timidez.
“Tem muitas pessoas com quem ela começou a conversar aqui na rua por conta da galinha, ela é tímida com qualquer um que for estranho pra ela, não conversa, demora pra pegar amizade, aí brincou com a galinha dela, ela se abre, com as pessoas aqui por perto”.
O único medo da mãe é que os animais morram e a filha acabe sofrendo. Depois de comentar com um vizinho sobre isso, acabou ganhando um galo para que a Kiki ou a Nina comece a chocar.
Manuela Aparecida Mingote, de quatro anos, pintando a unha da sua galinha Kiki e a mãe em Barrinha, SP
Reprodução/EPTV
🦆Seu Sebastião e o ganso Tunico
A história dos dois amigos começou ainda quando Tunico nem havia nascido. Um vizinho de Sebastião deu alguns ovos para o borracheiro e ele logo colocou na chocadeira.
“Saiu esse aí [o Tunico] e o outro morreu, aí ficou esse daqui, aí tenho que tomar conta dele. Isso é de cedo até de noite, de tarde, a hora que dá lá 19h, que está escurecendo, ele vai lá pro quintal, vai pousar lá no quintal.”
O nome do animal, inclusive, surgiu a partir do nome desse mesmo vizinho, o Tonho. Quando chegou o momento de escolher como o ganso seria chamado, o Sebastião teve a ideia de Tunico.
Sebastião Pedro de Campos, de 70 anos, com o ganso Tunico em Barrinha, SP
Reprodução/EPTV
De acordo com o borracheiro, seu amigo de penas é manso e não ataca ninguém. A mulher do Sebastião, a dona de casa, Maria Aparecida Campos, de 68 anos, se diverte e comenta a fama do Tunico na cidade.
“A gente está assistindo televisão ali e ele vem, deita ali perto de nós, fica ali dentro até de tardezinha. É desde pequeninho quando ele nasceu. Ele representa um filho, um amigo, a gente se distrai com ele o dia inteirinho, é um parceiro, os vizinho tudo gostam dele.”
Sebastião Pedro de Campos, de 70 anos, com o ganso Tunico em Barrinha, SP
Reprodução/EPTV
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