Dólar abre sessão desta sexta-feira, com expectativa por posse de Trump

Na véspera, a moeda norte-americana avançou 0,48%, cotada a R$ 6,0532. Já o principal índice da bolsa recuou 1,15%, aos 121.234 pontos. Dólar
Jornal Nacional/ Reprodução
O dólar abriu a sessão desta sexta-feira (17), com investidores na expectativa pela posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prevista para a próxima semana. Dados de atividade e balanços corporativos também ficam no radar.
Na véspera, o escolhido de Trump para comandar o Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que as políticas propostas pelo republicano em sua agenda econômica devem ajudar a reduzir a inflação na maior economia do mundo, além de permitir que os salários dos trabalhadores aumentem.
A expectativa é que o republicano anuncie uma série de ordens executivas e decretos assim que for empossado como presidente. As medidas devem impactar áreas como imigração e energia e os anúncios ficam na mira dos investidores, que agora tentam avaliar os primeiros passos de Trump em seu novo mandato. (Entenda mais abaixo)
Ainda no exterior, o mercado avalia novos indicadores de atividade na China e segue atento às notícias envolvendo um cessar-fogo entre Israel e Hamas.
No Brasil, o destaque fica com a sanção, por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do primeiro projeto de lei que regulamenta a reforma tributária, aprovado pelo Congresso Nacional no fim do ano passado.
O projeto detalha regras para a cobrança dos três novos impostos sobre o consumo criados pela reforma tributária, promulgada em 2023.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
SAIBA MAIS:
ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumula alta 27% no ano; Ibovespa tem recuo de 10%
DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar neste fim do ano
O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda
Dólar acumula alta de quase 28% em 2024
Dólar
O dólar abriu a sessão desta sexta-feira (17). Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,48%, cotada a R$ 6,0532.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,79% na semana;
recuo de 2,05% no mês e no ano.

Ibovespa
As negociações no Ibovespa, por sua vez, começam às 10h.
Na véspera, o índice recuou 1,15%, aos 121.234 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 2% na semana;
ganho de 0,79% no mês e no ano.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O que está mexendo com os mercados?
A expectativa pela posse de Trump como presidente dos Estados Unidos, prevista para a próxima semana, é o principal mote dos negócios nesta sexta-feira (17). Investidores tentam avaliar quais os efeitos das medidas do republicano da política econômica do país. A previsão é que Trump anuncie uma série de decretos já nos primeiros dias de mandato.
Na véspera, o novo secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que as políticas de Trump devem ajudar a reduzir a inflação e a aumentar os salários dos trabalhadores nos Estados Unidos. Ele também reiterou que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deve continuar independente, e defendeu sanções mais duras ao setor petrolífero da Rússia.
“Os temas políticos vão se tornar cada vez mais relevantes, conforme temos os primeiros passos e movimentos do governo de Donald Trump”, afirmou a estrategista de investimentos da XP Rachel de Sá durante live nesta sexta-feira.
Do lado macroeconômico, os sinais recentes sobre a atividade dos Estados Unidos também seguem no radar. Na véspera, o país reportou dados mais fracos no segmento varejista, além de um aumento maior do que o esperado no número de pedidos de auxílio-desemprego — o que indica que a economia do país tem perdido força, mas de maneira gradual.
Com isso, seguem as expectativas de que o Fed mantenha sua postura cautelosa na condução da política monetária norte-americana ao longo deste ano. A projeção da XP é que a instituição faça apenas mais dois cortes de juros em 2025.
Ainda no exterior, investidores também avaliam uma série de indicadores macroeconômicos chineses.
Por aqui, o foco ficou com o IBC-Br do Banco Central. Apesar da expectativa de que o indicador registre uma desaceleração da atividade econômica do país, o mercado não espera uma mudança na postura do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC na condução dos juros.
A próxima reunião do comitê acontecerá no final deste mês. A maior parte dos economistas e analistas do mercado financeiro espera que o colegiado promova pelo menos mais duas altas da taxa básica de juros (Selic) ao longo deste ano.
No quadro fiscal, as contas do governo registraram um déficit primário de R$ 4,5 bilhões em novembro, uma melhora em relação ao déficit de R$ 38 bilhões no mesmo período do ano passado.
Nos primeiros onze meses deste ano, o déficit acumulado foi de R$ 66,82 bilhões, comparado a R$ 112,46 bilhões no mesmo período do ano passado.
Ainda no cenário doméstico, o mercado também ficou de olho nas polêmicas envolvendo o PIX. Após gerar uma repercussão negativa, o governo decidiu revogar o ato que ampliou as normas de fiscalização no sistema de pagamentos.
A medida veio após uma enxurrada de fake news que invadiu as redes, dizendo que o PIX seria taxado, o que não é verdade. Integrantes da equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — e até mesmo o próprio presidente — chegaram a gravar vídeos e dar declarações para esclarecer as medidas, mas não obtiveram sucesso.
Além da revogação da norma, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também informou que o governo vai editar uma medida provisória para assegurar que as transferências realizadas por meio do PIX não possam ser tributadas. A MP também vai determinar que seja proibido diferenciar preços de produtos e serviços para o pagamento em dinheiro ou via PIX.
*Com informações da agência de notícias Reuters

Advertisement

Keep Up to Date with the Most Important News

By pressing the Subscribe button, you confirm that you have read and are agreeing to our Privacy Policy and Terms of Use
Advertisement