Após seca extrema, águas voltam a subir e rios no Amazonas começam período de cheia; veja cotas

Rios do Amazonas passaram por uma seca severa durante 2024, que causou prejuízos para a população e fez com que todos os municípios decretassem situação de emergência. Rio Amazonas no município de Itacoatiara.
Liam Cavalcante/Rede Amazônica
Os rios do Amazonas passaram por uma seca severa durante 2024 que causou prejuízos para a população e fez com que todos os municípios decretassem situação de emergência. No início deste ano, o nível das águas apresentou uma subida acelerada, marcando o início do período da cheia.
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Em Manaus, o Rio Negro alcançou 21 metros nesta sexta-feira (17), cerca de 50 centímetros a mais do que no mesmo dia de janeiro do ano passado. As chuvas que atingem a capital tem colaborado para esse aumento.
No ano passado, o nível do Rio Negro chegou a marcar 12,11 metros, o ponto mais baixo em mais de 120 anos de medições.
Canaranas surgem na praia da Ponta Negra, em Manaus, como impacto pós-seca.
William Duarte/Rede Amazônica
🚣‍♀ Veja abaixo a situação no interior do estado:
Rio Amazonas
Parintins
No início de janeiro, o Rio Amazonas, em Parintins, acelerou o processo de subida das águas após a seca isolar sete comunidades e afetar mais de mil pessoas. Nesta sexta-feira (17), a cota do rio na região de Parintins foi de 2,96 metros, segundo a Estação de Monitoramento de Parintins, do Serviço Geológico do Brasil (SGB).
Apesar dessa acelerada na cheia, o nível do rio ainda está abaixo da média para esse período do ano. Atualmente, a água começa a entrar nos lagos e igarapés que banham a ilha de Parintins. Na comparação com esse mesmo período, no ano passado, o rio está cerca de 40 centímetros acima.
Itacoatiara
Em Itacoatiara, o Rio Amazonas, que chegou a marca de -17 centímetros, em outubro, já subiu 7,84 metros desde o início de novembro e atingiu a cota de 7,66 metros nesta sexta-feira. Ao todo já são 77 dias de subida das águas, conforme o monitoramento do SGB no Médio Amazonas.
Os grandes navios e as embarcações de passageiros já não enfrentam mais dificuldades para navegar na região.
Embarcações voltam a navegar sem dificuldades pelo Rio Amazonas em Itacoatiara.
Liam Cavalcante/Rede Amazônica
Alto Solimões
Tabatinga
O processo de cheia em Tabatinga começou após o Rio Solimões alcançar a maior seca da história na estação da Agência Nacional de Águas, no dia 26 de setembro do ano passado. Nessa data, o nível de água chegou a -2,54 metros.
Desde então, o Rio Solimões já encheu mais de 11,69 metros e a cota atual, registrada nesta sexta-feira, é de 9,4 metros. Os níveis negativos não são somados nesse volume de água.
Ano passado, nesse mesmo dia, o nível registrado foi de 9,44 metros. Uma diferença de quarenta centímetros para a cota atual.
Baixo Solimões
Manacapuru
O Baixo Rio Solimões, na região de Manacapuru, registrou a marca de 12,26 metros, na quinta-feira (16). Uma subida de 10,18 metros desde a marca recorde de 2,8 metros, registrada em 10 de outubro de 2024.
O maior volume de água já trouxe benefícios para a Zona Rural, melhorando o acesso às comunidades e a qualidade da água para consumo humano. Com a chegada do período chuvoso, a plantação da região de várzea também apresentou melhorias na produção e qualidade, além de acelerar o processo de colheita da safra 2024/2025 da juta e malva.
A cheia do baixo Solimões também restabeleceu o acesso fluvial para a sede dos municípios de Caapiranga, Anamã e Anori, no interior do estado.
Com a revolução dos problemas causados pela seca histórica, a expectativa se volta para o período de cheia que segue normalmente até a segunda quinzena de junho.
Subida dos rios em Manacapuru, no Amazonas, tem ajudado produtores rurais no transporte de produtos.
Adauto Silva/Rede Amazônica

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