Após governador de SC dizer que Valdemar e Bolsonaro conversam com frequência, Moraes ordena depoimento

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, preste depoimento à Polícia Federal em até 15 dias. A decisão foi tomada após declarações do governador durante uma entrevista a um programa da Jovem Pan News na segunda-feira (13). no último dia 13 de janeiro.
Na entrevista, Jorginho afirmou que Valdemar Costa Neto, presidente do PL, mantém conversas frequentes com Jair Bolsonaro, presidente de honra do partido. Ele ainda expressou a expectativa de que, “daqui a pouquinho”, os dois líderes possam “conversar na mesma sala” para se ajudarem mutuamente.
As declarações de Mello levantaram suspeitas de possível violação das medidas cautelares impostas pelo STF a Bolsonaro e Valdemar Costa Neto no âmbito de investigações em curso. Ambos estão proibidos de manter contato direto ou indireto por decisão da Suprema Corte.
No despacho, Moraes determinou que a Polícia Federal apure os fatos e tome o depoimento do governador para esclarecer suas afirmações. Além disso, o ministro enviou o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR) para conhecimento e eventuais providências.
Durante o programa, Jorginho Mello comentou sobre a relação entre Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro:
“E o nosso Presidente Valdemar conversa muito com o Presidente Bolsonaro, que é o Presidente de honra né? Espero que daqui um pouquinho eles possam conversar na mesma sala né? Para se ajudar ainda mais.”
As declarações, feitas em tom aparentemente casual, geraram questionamentos sobre o cumprimento das restrições impostas pelo STF aos investigados.
A entrevista repercutiu nos meios políticos e jurídicos, levantando dúvidas sobre o alcance e o cumprimento das medidas cautelares. O STF mantém um acompanhamento rigoroso das condições impostas a Bolsonaro e Valdemar no contexto de investigações sobre supostos atos ilícitos.
A decisão de Moraes reflete o cuidado do tribunal em garantir que os termos das medidas cautelares sejam respeitados, mesmo diante de declarações públicas de aliados políticos
Com o prazo de 15 dias para o depoimento, a Polícia Federal deverá colher as informações do governador de Santa Catarina e reportar os resultados ao STF. O caso será analisado em conjunto com outros elementos das investigações em curso, que envolvem tanto Bolsonaro quanto Valdemar Costa Neto.
A declaração de Jorginho Mello e as medidas tomadas pelo STF voltam a colocar em evidência a vigilância sobre os desdobramentos envolvendo lideranças políticas e o cumprimento de decisões judiciais..

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