Uso racional de fitoterápicos e alternativas naturais tem se consolidado

Acompanhando a demanda do mercado, mudas de plantas medicinais e produtos à base de ervas fazem parte de projeto piloto de sustentabilidade e responsabilidade social da FIC Garanhuns, através da Liga Acadêmica de Fitoterápicos (Lafito). Imagem: Faculdade FIC

A fitoterapia, considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma prática de medicina tradicional, tem se consolidado cada vez mais no Brasil. O mercado de fitoterápicos tem se expandido no país, desde 2006, com a oficialização do uso dessas plantas no SUS (Sistema Único de Saúde). Assim, desde 2012, o Ministério da Saúde tem investido mais de R$ 30 milhões em projetos que visam fortalecer a cadeia produtiva de fitoterápicos e plantas medicinais. Foi também em 2012 que aconteceu o primeiro curso de Fitoterapia para Médicos. Consequentemente, a procura por fitoterápicos no SUS tem tido um crescimento expressivo, com aumento superior a 160% em apenas dois anos.
Não por acaso, o número de unidades industriais dedicadas à produção de medicamentos fitoterápicos cresceu 43,58%, entre 2014 e 2020, refletindo a crescente demanda. Acompanhando o mercado, a Liga Acadêmica de Fitoterápicos (Lafito) da FIC Garanhuns (Faculdade Integrada CETE), em Pernambuco, lançou, em 2024, produtos desenvolvidos pelos alunos da Liga sob orientação e supervisão docente. Itens como sabonetes fitoterápicos e velas aromáticas repelentes são ofertados à população durante ações em saúde promovidas pela instituição de ensino superior. Já o xarope vai passar por outros testes antes de compor o leque de produtos do Lafito.
Uma das professoras líderes da Liga Acadêmica de Fitoterápicos (Lafito), Caroline Xavier, explica que durante as ações também é discutido e propagado o uso racional dos fitoterápicos em conjunto com o uso tradicional de medicamentos. “Os produtos foram lançados no Dia Nacional das Plantas Medicinais, no mês de maio, com o objetivo de discutir acerca da importância do uso racional dos fitoterápicos e alternativas naturais nas diversas áreas da saúde”.
A também professora líder da liga, Mayara Souza, acrescenta que, em paralelo, acontece o Projeto da Farmácia Viva da FIC, desenvolvido em parceria com a Fazenda da Esperança Santa Rita (centro para recuperação de toxicodependentes). “Através dele são disponibilizadas mudas de plantas medicinais, que também são ofertadas à comunidade em conjunto com os fitoterápicos”. Alecrim, usado para problemas digestivos, calêndula, que tem ação cicatrizante e pode ser usada em algumas feridas, e a camomila, já conhecida por sua ação calmante, são algumas das mudas disponibilizadas.
A iniciativa é também uma homenagem ao líder indígena Txhyfladja, da Aldeia indígena Fulni-ô, em Águas Belas, Pernambuco, que traz o conhecimento popular dos recursos naturais na saúde e representa as comunidades tradicionais locais. “Delas temos a oportunidade de aprender para além das paredes das instituições de ensino”, enfatiza a professora Caroline Xavier.
Devido à multidisciplinaridade da fitoterapia, participam da iniciativa docentes e estudantes dos cursos de Farmácia, Enfermagem, Fisioterapia e Odontologia da FIC Garanhuns. Esse é um projeto piloto de sustentabilidade e responsabilidade social da FIC.

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