Nove cidades do Grande Rio admitem não ter serviço de coleta seletiva de lixo

Entre as cidades que admitiram não oferecer o serviço estão São Gonçalo e Duque de Caxias, segunda e terceira cidades mais populosas do Estado. Os municípios que dizem fazer são: Rio, Niterói, Queimados, Guapimirim, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu e Japeri. Nove cidades do Grande Rio admitem não ter serviço de coleta seletiva de lixo
Reprodução TV Globo
Nove das 17 cidades que compõe a Região Metropolitana do Rio, o Grande Rio, admitiram que não possuem o serviço de coleta seletiva de lixo. Entre esses municípios estão São Gonçalo e Duque de Caxias, segunda e terceira cidades mais populosas do Estado.
Na última terça-feira (14), o RJ2 mostrou que a capital, apesar de oferecer o serviço da coleta seletiva, recicla apenas 0,5% do lixo reciclável que produz.
Cidades que não têm coleta seletiva:
São Gonçalo;
Duque de Caxias;
Itaboraí;
Magé;
Maricá;
Itaguaí;
Paracambi;
São João de Meriti;
e Belford Roxo.
Entre os municípios que fazem a separação dos materiais recicláveis estão Rio De Janeiro, Niterói, Queimados, Guapimirim, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu e Japeri.
Seropédica, onde fica o aterro sanitário que recebe todo o lixo misturado da capital e de vários municípios da Região Metropolitana, não respondeu aos questionamentos do RJ2.
É importante destacar que nem todas as cidades que dizem fazer a coleta seletiva tem o serviço porta a porta. Em pelo menos três municípios, os interessados devem fazer contato com a prefeitura para se cadastrar e ter os recicláveis coletados.
Desperdício de R$ 1 bilhão por ano
A omissão dos municípios que não separam os recicláveis tem um custo. Segundo um dos maiores pesquisadores da realidade da Região Metropolitana, o arquiteto e urbanista Vicente Loureiro, o desperdício pode chegar a aproximadamente um R$ 1 bilhão por ano.
“Eu fiz umas contas e Isso daria o orçamento equivalente ao do município de São João de Meriti ou Belford Roxo por ano, se somar todos os desperdícios que estão por trás dessa falta de consciência mesmo e de percepção do quanto se joga fora por não fazer a reciclagem regular do lixo produzido na região”, explicou o especialista.
Sem a coleta seletiva, toneladas de materiais recicláveis vão parar no lugar errado, gerando riscos para a população dessas cidades.
Para o presidente do Instituto Movimento Nacional Eu Sou Catador, a coleta seletiva gera emprego, renda e ganhos ambientais importantes.
“Eu acho que falta esse entendimento de que coleta seletiva não é um favor, que a coleta seletiva não é responsabilidade dos catadores, coleta seletiva é responsabilidade do município”, disse Tião Santos.
O que dizem os citados
Sobre as cidades que tentamos ligar na reportagem para checar se é possível se cadastrar no serviço de coleta seletiva, a prefeitura de Nova Iguaçu informou que não houve atendimento nesta quarta-feira por ser ponto facultativo no município.
A prefeitura de Nilópolis não nos retornou.
Já sobre as cidades que não possuem serviço de coleta seletiva, a prefeitura de São Gonçalo disse que os moradores podem levar os materiais para reciclagem em ecopontos.
As prefeituras de Duque de Caxias e Magé responderam que já têm projetos para dar início à coleta seletiva.
As prefeituras de Itaboraí, Maricá, Itaguaí e São João de Meriti afirmaram que estão estudando a implantação de um serviço de coleta.
A prefeitura de Belford Roxo não respondeu se pretende criar a coleta seletiva.

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