Israel e Hamas concordam com cessar-fogo na guerra da Faixa de Gaza

O acordo de trégua, anunciado nesta quarta-feira (15), prevê a libertação dos reféns israelenses capturados pelo grupo terrorista. Autoridades dos Estados Unidos e do Catar anunciaram que Israel e o grupo terrorista Hamas concordaram com um cessar-fogo na guerra da Faixa de Gaza. O acordo prevê a libertação dos reféns israelenses e pode pôr um fim definitivo ao conflito.
Os palestinos reunidos na frente de um hospital na Faixa de Gaza bateram palmas e gritaram. Chegaram a disparar tiros para comemorar. Do outro lado da fronteira, parentes e amigos de reféns israelenses também celebraram em Tel Aviv.
Depois de 15 meses de guerra, os dois lados aceitaram um acordo de cessar-fogo. A negociação foi tensa até o último minuto. Em meio à expectativa do anúncio, foi o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, quem quebrou o silêncio ao postar em uma rede social às 14h01 pelo horário de Brasília:
“Temos um acordo para os reféns no Oriente Médio. Eles serão libertados em breve”.
Desde que venceu a eleição, Trump tinha dito que soltaria o inferno no Oriente Médio se os reféns israelenses não fossem libertados até a posse dele – que será na segunda-feira (20). Fontes próximas aos mediadores dizem que a pressão ajudou a avançar as negociações.
Logo depois, o primeiro-ministro do Catar convocou uma coletiva de imprensa, e a Casa Branca fez o mesmo. Mas o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que não era bem assim; que algumas cláusulas do acordo ainda não estavam resolvidas, mas que esperava que fossem decididas até o fim da noite.
Palestinos comemoram cessar-fogo na guerra da Faixa de Gaza
Jornal Nacional/ Reprodução
Em Washington, os jornalistas na Casa Branca foram convocados. A espera e o suspense mostraram o quanto as negociações eram delicadas.
Finalmente, às 15h45, o primeiro-ministro do Catar anunciou formalmente o acordo. Mohammed Bin Abdulrahman Al Thani confirmou que Israel e Hamas tinham concordado com um cessar-fogo previsto para começar no domingo (19), véspera da posse do novo presidente americano.
Às 16h de Brasília, o presidente Joe Biden fez um pronunciamento. Disse que foi a negociação mais difícil de toda a vida dele e confirmou que há americanos entre os reféns a serem libertados na primeira fase.
“A vice-presidente e eu mal podemos esperar para dar as boas-vindas a eles”, disse Biden.
Israel e palestinos: entenda a história do longo conflito
A correspondente da Globo em Washington, Raquel Krahenbuhl, perguntou qual será o futuro de Gaza a partir de agora, visto que a implementação da maior parte do plano será no governo de Donald Trump.
“Eu entendo que o acordo será implementado pela próxima equipe. Por isso, eu pedi que a minha coordenasse de perto com a próxima administração, para garantir que estamos falando com a mesma voz, porque é isso que presidentes americanos fazem”, respondeu Biden.
Segundo o presidente, o acordo segue as mesmas condições da proposta apresentada por ele no dia 31 de maio de 2024. A primeira fase, aprovada agora, terá duração de seis semanas. Inclui um cessar-fogo completo e a retirada das tropas israelenses das áreas mais povoadas de Gaza. Trinta e três reféns serão libertados, entre eles, mulheres, crianças, idosos e feridos. Israel deve libertar centenas de prisioneiros palestinos.
Acordo de cessar-fogo em Gaza: primeira fase
Jornal Nacional/ Reprodução
Durante essas seis semanas, as negociações vão continuar para acertar os detalhes das próximas fases, ainda não aprovadas. A fase dois prevê a libertação dos reféns restantes, que são homens e militares, a retirada total das tropas israelenses e o fim permanente dos confrontos. A fase três determina o retorno dos corpos de reféns que morreram em poder do Hamas e o início de um plano para a reconstrução de Gaza.
Na quinta-feira (16), o Gabinete de Segurança do governo israelense vai se reunir para votar os termos dessa proposta. Os ministros precisam aprovar o acordo para que ele entre em vigor no domingo (19).
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