Dólar abre em alta, com inflação ao consumidor dos EUA e balanços corporativos em foco

Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,85%, cotado a R$ 6,0458. Já o principal índice da bolsa subiu 0,25%, aos 119.299 pontos. Dólar
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O dólar abriu a sessão desta quarta-feira (15) em alta. Investidores continuam a monitorar novos dados de inflação dos Estados Unidos, desta vez com destaque para o índice de preços ao consumidor, que deve ser divulgado nesta manhã.
Na véspera, a inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) divulgada pelo Departamento de Trabalho dos EUA registrou uma alta moderada em setembro. Ambos os indicadores são utilizados pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para determinar a condução da política monetária na maior economia do mundo.
Além disso, o início da temporada de balanços corporativos nos Estados Unidos também fica sob os holofotes. Nesta quarta-feira, grandes empresas do mercado financeiro divulgam resultados.
Já no cenário doméstico, as atenções ficam com os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístiva (IBGE). O quadro fiscal também segue na mira, conforme o mercado aguarda por medidas que possam melhorar as contas públicas do Brasil.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h02, o dólar operava em alta de 0,16%, cotado a R$ 6,0553. Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,85%, cotada a R$ 6,0458.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,92% na semana;
recuo de 2,17% no mês e no ano.

Ibovespa
As negociações no Ibovespa, por sua vez, começam às 10h.
Na véspera, o índice fechou em alta de 0,25%, aos 119.299 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,13% na semana;
perdas de 1,06% no mês e no ano.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O que está mexendo com os mercados?
A inflação dos Estados Unidos e seus possíveis efeitos na condução de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) continuam a fazer preço nos mercados financeiros nesta quarta-feira (15).
Na véspera, o Departamento do Trabalho dos EUA indicou que o índice de preços ao produtor (PPI) subiu 0,2% em dezembro, após um aumento revisado de 0,4% em novembro. Em 12 meses, o índice avançou 3,3%.
O resultado ficou ligeiramente abaixo das previsões do mercado, que esperava aumentos de 0,3% no mês e 3,4% no ano.
Agora, as atenções ficam voltadas para o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês). Para o indicador, a projeção do mercado é de uma alta de 2,9% em 2024. Caso se concretize, o número deve confirmar a perspectiva de que o Fed manterá a taxa de juros dos EUA inalterada até o segundo semestre deste ano.
Juros mais altos nos EUA aumentam a rentabilidade dos títulos públicos do país, considerados os mais seguros do mundo, e podem valorizar o dólar frente a outras moedas, incluindo o real.
Esse cenário de dólar forte e juros mais altos do que o previsto nos EUA fica ainda mais evidente em meio à eleição de Donald Trump para a Casa Branca.
O novo presidente dos EUA promete uma agenda protecionista, priorizando a atividade interna e limitando a concorrência estrangeira. Isso pode pressionar a inflação e impedir novos cortes de juros pelo Fed.
Além disso, o início da temporada de balanços corporativos nos Estados Unidos também fica no radar. Nesta quarta-feira, serão divulgados os resultados da BlackRock, Citigroup, Goldman Sachs, J.P. Morgan e Wells Fargo.
Na agenda brasileira, o destaque fica com os dados da PMS de novembro, divulgada pelo IBGE. Segundo a XP, a projeção é que o indicador registre uma queda de 0,5% em relação ao mês anterior e alta de 3,3% na comparação anual.
Por fim, investidores também continuam a monitorar o cenário fiscal brasileiro. Na véspera, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o projeto que flexibiliza o pagamento das dívidas bilionárias dos estados com o governo federal.
Lula vetou trechos que, segundo o governo, impactariam o resultado primário das contas públicas, buscando equilíbrio entre receita e despesas em 2025 e nos próximos anos. Esses trechos serão analisados novamente pelo Congresso, que pode restaurá-los se atingir um número mínimo de votos.
“A sanção presidencial reforça o compromisso com a solução das dívidas dos estados, permitindo a redução dos juros, o alongamento da dívida e o uso de ativos para abater débitos, incentivando uma gestão fiscal responsável e investimentos em áreas prioritárias para o desenvolvimento do país”, afirmou o governo.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad afirmou, em entrevista à GloboNews, que a equipe econômica deve apresentar novas medidas a fim de garantir a sustentabilidade do arcabouço fiscal.
O ministro também admitiu que o governo teve problemas de comunicação no último ano.
“Nós tivemos um problema grave de comunicação. Precisamos nos comunicar melhor. O mercado está muito sensível no mundo inteiro. Não é uma situação normal que o mundo está vivendo e essa é outra parte da história”, afirmou.

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