Motorista que morreu em acidente fazia escolta de veículos há 40 anos, diz filha

Mesmo aposentado, Robelson continuou a trabalhar com escolta para proporcionar uma vida melhor para a família. Além dos três filhos, o motorista também deixou quatro netos e dois bisnetos. Saiba quem é o Robelson Alves Torres, motorista que morreu em acidente enquanto fazia a escolta para caminhão em Cocalzinho de Goiás
Foto: Divulgação/Polícia Rodoviária Federal e Polícia Técnica-Científica
O motorista Robelson Alves Torres, de 69 anos, que faleceu em acidente fazia escolta de caminhão há 40 anos, informou a filha dele, Renata Alves. Robelson fazia escolta de um caminhão na BR-414, em Cocalzinho de Goiás, na Região do Entorno do Distrito Federal, quando o acidente aconteceu.
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Renata contou, ao g1, que o pai já era aposentado, mas amava o que fazia e preferiu continuar trabalhando para proporcionar uma vida melhor para a família. “Escolta era a vida dele”, enfatizou. Com o trabalho de escolta, Robelson ajudou os três filhos a ter uma profissão.
“Eu terminei meu curso de técnico de enfermagem agora e a minha formatura será agora em fevereiro. Ele estava muito feliz com a finalização do meu curso, já que eu era a única que faltava. Infelizmente, não terei meu pai ao meu lado nesse momento tão importante”, lamentou.
Além dos três filhos, o motorista também deixou quatro netos e dois bisnetos. Renata descreve Robelson como pai bravo e amável e avô babão e brincalhão. “Ele gostava de ficar em casa, deitado no sofá assistindo TV e ficar com os netos, reunir a família para um lanche”, relatou.
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Acidente
Motorista de carro que fazia escolta para caminhão morre em acidente na BR-414, em Cocalzinho de Goiás
Divulgação/Polícia Rodoviária Federal
O acidente em que o motorista de escolta morreu aconteceu na sexta-feira (10). Ele vinha do município mineiro de Delta e com destino à capital do Tocantins, Palmas, quando o carro conduzido por Robelson invadiu a pista contrária em um trecho de curva e bateu de frente com outro caminhão que trafegava no sentido oposto.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que, mesmo usando o cinto de segurança, o Robelson foi lançado para fora do carro após a batida na BR-414. De acordo com a perícia da Polícia Científica, o condutor do caminhão que bateu no carro de escolta ainda tentou desviar dele, indo para o acostamento direito da pista, mas não evitou a colisão.
A Polícia Científica investiga as causas do acidente a partir da hipótese inicial de que Robelson tenha passado por um mal súbito enquanto dirigia, como um infarto, ou tenha cochilado ao volante.
Carro de escolta
O inspetor da PRF, Newton Morais, explicou, ao g1, que Robelson fazia a escolta do caminhão por este ser um veículo que transporta carga larga e pesada.
“Quando você faz uma escolta de uma carga pesada e ela precisa dessa escolta. Esse carro de escolta é adaptado e com sinais luminosos. Assim, quando a carga é mais larga do que a pista, a escolta tem que entrar, geralmente, do lado para abrir caminho para a carga passar e é o que pode ter acontecido”, esclareceu Morais.
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