Prefeitura de Ibirité exonera secretário investigado por improbidade; ele também é réu por lavagem de dinheiro e organização criminosa

A decisão da administração municipal foi tomada nesta segunda-feira (13), após uma recomendação da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público do município para preservar a ‘moralidade administrativa’. Sede da Prefeitura de Ibirité
Divulgação/Prefeitura de Ibirité
A Prefeitura de Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, exonerou o secretário de Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico, Etevaldo Sampaio de Oliveira Silva, nesta segunda-feira (13).
Segundo o Ministério Público, ele é investigado por possível ato de improbidade e réu em um processo judicial pela prática dos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa, “em conluio com outros ex-servidores”.
A decisão da administração municipal foi tomada após uma recomendação da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público do município, com o intuito de preservar a “moralidade administrativa”.
Ainda de acordo com o MP, tanto na ação penal quanto no procedimento extrajudicial, há indicação de que os envolvidos na suposta organização criminosa, que ocupavam função pública, utilizaram-se da influência do cargo para a prática de atos ilícitos.
“Embora não se descure do princípio da presunção de inocência, a nomeação do secretário é evidentemente incompatível com os princípios da moralidade e da eficiência administrativa, principalmente em razão dos graves atos imputados a ele”, comentou a promotora de Justiça Maria Constância Martins da Costa Alvim.
O g1 procurou a prefeitura e a defesa do secretário para um posicionamento, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.
Outras denúncias
Em outubro de 2024, o Ministério Público já havia acionado a Prefeitura de Ibirité para recomendar a exoneração de sete servidores comissionados acusados de envolvimento com um esquema de “funcionários fantasmas”.
Entre os indicados para dispensa estavam três homens e duas mulheres que não compareciam ao trabalho e recebiam salário, além do secretário de Obras, André Lima Belico, e da diretora de Recursos Humanos, Marluci Arriel Pedroso, responsáveis pelas contratações.
Os nomes do deputado federal por MG e presidente nacional do Avante, Luís Tibé, e o vereador Tilelei (Agir) também foram incluídos na investigação à época.
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