Israel e Hamas recebem versão ‘final’ de acordo para nova tentativa de cessar-fogo em Gaza

Negociações avançaram na noite deste domingo (12), horas após o presidente americano, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, conversarem por telefone. Parentes de reféns na fronteira de Israel com a Faixa de Gaza
REUTERS/Amir Cohen
O Catar entregou a Israel e ao Hamas uma versão “final” do acordo de cessar-fogo e de libertação dos reféns do Hamas na Faixa de Gaza, de acordo com a informação de uma das autoridades envolvidas nas negociações, divulgada nesta segunda-feira (13).
O progresso nas negociações foi feito em Doha durante a noite deste domingo (12), após conversas com representantes de Israel, dos Estados Unidos e do Catar.
Horas antes, o presidente americano, Joe Biden, conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por telefone. Os dois discutiram iniciativas já em andamento, que visam colocar um fim aos combates no enclave palestino e libertar os últimos reféns, disse a Casa Branca em um comunicado.
Biden “insistiu na necessidade imediata de um cessar-fogo em Gaza e no retorno dos reféns, com um aumento na ajuda humanitária possibilitado pela cessação dos combates como parte do acordo”, escreveu a Casa Branca.
As autoridades dos EUA estão trabalhando para obter um acordo antes da posse de Trump, em 20 de janeiro.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, disse nesta segunda-feira (13) que o país estava “trabalhando duro” para garantir um acordo que encerraria a guerra e permitiria a libertação de reféns mantidos no território palestino.
“Israel realmente quer libertar os reféns e está trabalhando duro para chegar a um acordo. As negociações estão avançando”, disse ele em uma coletiva de imprensa conjunta ao lado do chanceler dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen.
À agência de notícias Reuters, o Hamas afirmou nesta segunda que as conversas sobre algumas questões centrais para o cessar-fogo em Gaza progrediram e que seus representantes estão trabalhando para concluir o que resta discutir em breve.
Cerca de 100 reféns israelenses, vivos ou mortos, ainda estão nas mãos do Hamas desde os ataques de 7 de outubro de 2023 pelo grupo palestino no sul de Israel.
A represália de Israel deixou mais de 46 mil mortos em Gaza, de acordo com autoridades de saúde palestinas. O enclave está destruído e enfrenta uma crise humanitária. A maior parte da população foi deslocada.
O Ministério da Saúde do governo do Hamas para a Faixa de Gaza anunciou nesta segunda-feira que pelo menos 19 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas no território palestino.   
Isso eleva o número total de mortos para 46.584 e 109.731 feridos. A guerra começou após um ataque do Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro de 2023.
Ataques aéreos
Israel realizou ataques aéreos no leste e no sul do Líbano neste domingo (12), de acordo com a ANI, agência de notícias oficial do país. O Exército israelense disse ter como alvo o Hezbollah e, em particular, as rotas de contrabando ao longo da fronteira com a Síria.
A trégua que entrou em vigor em 27 de novembro encerrou uma guerra de mais de dois meses entre o Hezbollah e Israel, que deixou quase 4.000 pessoas no Líbano e destruiu redutos do partido pró-Irã. Mas, desde então, ocorreram várias violações do cessar-fogo.
Segundo a ANI, a força aérea israelense atacou os arredores de Janta, na região leste de Baalbek, além da área situada ao redor de Nabatieh, no sul do país.     
O Exército israelense disse ter atingido alvos que representavam “uma ameaça ao mecanismo de monitoramento do cessar-fogo”.  
“Entre os alvos atingidos estão uma base de lançamento de foguetes, um local militar e estradas ao longo da fronteira sírio-libanesa usadas para o contrabando de armas para o Hezbollah”, segundo o Exército israelense.
Violação flagranteO acordo prevê que o Exército israelense tem até o dia 26 de janeiro para se retirar do sul do Líbano. Em seu comunicado, o Exército alega ter respeitado o documento.
Segundo o acordo, o Hezbollah deve desmantelar sua infraestrutura militar no sul do Líbano e mover suas forças para o norte do rio Litani, a cerca de 30 quilômetros da fronteira israelense-libanesa.     
A força de paz da ONU acusou Israel em janeiro de “violação flagrante” da resolução do Conselho de Segurança, utilizada como base para definir as regras do cessar-fogo.

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