Baiano morto a tiros no RJ enviou áudio para mãe pouco antes do crime; corpo será velado na Bahia

Natural de Conceição do Almeida, Francisco de Assis foi morto a tiros sexta-feira (10), na comunidade de Bangu, no Rio de Janeiro. Baiano morava no Rio de Janeiro há um ano e quatro meses.
Arquivo Pessoal
Francisco de Assis Almeida, de 40 anos, morto a tiros na comunidade do Catiri, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, por traficantes, na noite de sexta-feira (10), enviou uma mensagem de áudio para a mãe, horas antes do crime, avisando que iria para um retiro da igreja.
De acordo com testemunhas, ele foi confundido por traficantes com um miliciano porque estava vestido de preto.
Em entrevista ao g1, o primo de Francisco, Robson Almeida dos Anjos, contou que todos os dias ele enviava mensagens para os familiares. Na última sexta-feira (10), antes de sair, ele mandou um áudio para a mãe falando que iria para um sítio com pessoas da igreja.
“Mainha, daqui a pouco eu tô indo pro sítio com o pessoal da igreja (…) Se der, amanhã mando mensagem para a senhora, não é garantido, mas eu mando mensagem.”
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Robson contou que o pintor era tranquilo e muito amado. “A gente chamava ele de Quito. Era um cara que levava a vida com leveza. Agora estamos desesperados, parece que abriu um buraco”, contou.
Francisco é natural de Conceição do Almeida, município a 168 km de Salvador. Aos 14 anos, foi para Feira de Santana e morou no bairro Rua Nova, com os tios maternos, que também eram padrinhos dele.
Ele era pintor e há um ano e quatro meses se mudou para o Rio de Janeiro, onde conseguiu um emprego como zelador em um condomínio. Francisco ainda passou um tempo morando com familiares, mas há pouco mais de três meses conseguiu alugar uma casa e estava morando sozinho.
A família mobilizou amigos e conhecidos para arrecadar dinheiro para trazer o corpo. A previsão de chegada é na quinta-feira (16), quando será levado para Conceição do Almeida. Francisco de Assis será velado na casa de oração do Hospital Municipal da cidade e o enterro vai acontecer no Cemitério Jardim da Igualdade.
Baiano pode ter sido confundido com um miliciano por causa da cor da roupa
A suspeita é que Francisco de Assis tenha sido morto por causa da cor da roupa que estava usando. Segundo moradores, traficantes do Comando Vermelho (CV) que atuam na região deram uma ordem para que ninguém usasse roupas pretas.
Francisco de Assis Almeida estava indo para igreja na noite de sexta-feira (10) e, de acordo com testemunhas, foi confundido com miliciano. Na manhã de sábado (11), parentes de Francisco estiveram no Instituto Médico-Legal (IML) para liberar o corpo.
A região do Catiri é alvo de disputa há anos entre tráfico e milícia. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) tenta identificar os responsáveis pelo ataque.
Francisco de Assis era natural de Conceição do Almeida (BA).
Arquivo Pessoal

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