Ministério da Justiça determina que a Polícia Federal investigue o ataque ao assentamento do MST no interior de SP

Crime aconteceu na noite desta sexta-feira (10), no assentamento Olga Benário, que fica em Tremembé (SP). Duas pessoas foram mortas a tiros e outras seis ficaram feridas após serem baleadas. Ninguém foi preso. Ataque a assentamento do MST em Tremembé (SP) deixa dois mortos e seis feridos
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) determinou, na tarde deste sábado (10), que a Polícia Federal (PF) instaure um inquérito para investigar o ataque que ocorreu em um assentamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), em Tremembé, no interior de São Paulo.
Dois homens foram mortos a tiros e seis pessoas ficaram feridas após serem baleadas, na noite desta sexta-feira (10), na comunidade. Até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso – leia mais abaixo.
No ofício enviado à PF, o ministro em exercício, Manoel Carlos de Almeida Neto, citou a violação aos direitos humanos.
Ainda segundo o Ministério, uma equipe da Polícia Federal, com agentes, perito e papiloscopista foi deslocada para o local para dar início às investigações.
Ataque ao assentamento
O caso foi registrado na delegacia de plantão em Taubaté e é investigado pela Polícia Civil de Tremembé como homicídio e tentativa de homicídio.
De acordo com o boletim de ocorrência, o crime aconteceu por volta das 23h, no assentamento Olga Benário, que fica na Estrada Kanegae.
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Ainda segundo o documento, testemunhas e sobreviventes relataram para a polícia que cinco carros e três motos invadiram o local durante a noite e que as pessoas dos veículos efetuaram diversos tiros contra os moradores do local.
Ataque a assentamento do MST em Tremembé (SP) deixa dois mortos e seis feridos
Arte/g1
Consta no boletim de ocorrência que Valdir do Nascimento de Jesus, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos, foram atingidos pelos disparos e não resistiram aos ferimentos, morrendo no local.
Outras seis pessoas que moram na comunidade foram baleadas e ficaram feridas. Os sobreviventes são três homens, com 24, 29 e 41 anos, e também três mulheres, com 18, 41 e 49 anos.
Os baleados foram socorridos e levados para o Hospital Regional de Taubaté e para o pronto-socorro de Tremembé. Não há informações sobre o estado de saúde dos feridos. No entanto, o boletim de ocorrência afirma que o homem de 29 anos foi internado em estado grave, após ser atingido por um disparo na cabeça.
O assentamento é regularizado pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) há cerca de 20 anos para o Movimento dos Sem Terra. Segundo a assessoria do MST, cerca de 45 famílias vivem no local.
O produtor rural Valdir do Nascimento de Jesus foi assassinado no ataque. Ele era uma das lideranças do assentamento.
Reprodução/TV Vanguarda
Ministério emite nota de repúdio
O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar emitiu uma nota de repúdio, informando que “repudia o crime e manifesta solidariedade e apoio aos assentados da reforma agrária, especialmente às famílias de Valdir do Nascimento e do jovem Gleison Barbosa Carvalho, brutalmente assassinados neste caso”.
Ainda segundo a pasta, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, “entrou em contato com autoridades estaduais e nacionais da área da segurança pública para pedir providências e punição do crime que classificou como bárbaro”.
Valdir do Nascimento de Jesus, de 52 anos, foi assassinado no ataque ao assentamento. Ele era uma das lideranças locais do MST.
Reprodução/TV Vanguarda
O assentamento do MST que foi alvo do ataque fica na zona rural de Tremembé.
Reprodução/TV Vanguarda
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