Pai de homem morto por bandidos após reagir a assalto diz que testemunha avisou que rapaz tinha deficiência intelectual

Corpo de Leonardo Aparício, de 39 anos, vai ser enterrado na tarde desta sexta-feira (10) no Cemitério Vila Rosali, em São João de Meriti. Pessoas que estavam na fila de posto de saúde avisaram aos bandidos que rapaz tinha deficiência intelectual
O corpo do rapaz com deficiência intelectual que reagiu a um assalto em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, vai ser enterrado na tarde desta sexta-feira (10) no Cemitério Vila Rosali, em São João de Meriti. Segundo pessoas aguardavam atendimento com Leonardo Figueiredo Aparício, de 39 anos, na fila do posto de saúde chegaram a avisar aos bandidos que o rapaz tinha deficiência.
“Chegando lá me relataram que só tinha 3, ele e mais 2 senhores que chegam cedo para ser atendidos. Veio um corsa preto com vários meliantes, um soltou e falou: ‘Perdeu, perdeu”. Aí, ele botou a mão no bastão e apontou. Os outros estavam com a mão para o alto. Um dos bandidos falou: “Atira, atira”. Um senhor falou: ‘Ele é especial’. Mas não teve jeito, deram um tiro fatal”, Sérgio Aparício, pai do Leonardo.
Leonardo era conhecido pelos moradores do bairro e gostava de usar roupas de agentes de segurança. No momento do crime, ele segurava um cacetete de plástico e utilizava uma espécie de colete por cima da blusa.
De acordo com Rosana Aparício, tia de Leonardo, ele era como uma criança, ajudava a todos e sempre foi muito carinhoso.
“Todo mundo conhecia ele no bairro. Ele ajudava as pessoas, era como uma criança. Um menino especial. Foi um absurdo o que aconteceu. Estou arrasada, não to nem acreditando. Ele foi um filho pra mim”, disse a tia ao g1.
Homem com deficiência intelectual que se vestia como segurança é morto ao reagir a assalto
Reprodução redes sociais
Leonardo Figueiredo Aparício, de 39 anos, foi baleado e morto ao reagir a um assalto
Reprodução redes sociais
A tia da vítima ainda contou ao g1 que só não estava com ele nessa consulta porque voltou de viagem e não pode acompanhá-lo. Os dois se falaram por telefone na quarta-feira, quando Leonardo disse que queria dar um abraço na tia. Eles não se encontraram mais.
“Eu só não estava com ele porque cheguei ontem de Iguabinha e ia encontrar com ele hoje. Eu que dava atenção pra ele, fazia tudo. Ele me chamava de tia-mãe, viajava comigo. Ontem ele disse que queria me dar um abraço. Foi uma perda terrível pra minha vida”, comentou Rosana.
Leonardo completaria 40 anos no próximo mês de abril. O corpo do rapaz foi levado para o IML do município, onde aguarda para ser liberado para o velório. A família ainda não tem informações sobre a cerimônia.
Fardas militares
Leonardo, que é uma pessoa com deficiência intelectual, gostava de se vestir com fardas militares e equipamentos de agentes de segurança.
Em uma de suas redes sociais, ele colecionava fotos com diversas fardas e equipamentos de forças de segurança. Nas postagens, ele fazia referência ao trabalho de guardas municipais e policiais.
O Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense investiga o crime.
Leonardo Figueiredo Aparício, de 39 anos, gostava de usar roupas de agentes de segurança.
Reprodução redes sociais

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