Envelhecimento impacta o suprimento de energia para o cérebro e sua capacidade de eliminar toxinas

Edição especial da revista ‘Neuron’ é dedicada a estudos que possam promover a saúde do órgão. Acabou de sair do forno uma edição especial da prestigiosa revista científica “Neuron” dedicada às pesquisas sobre o envelhecimento. Os artigos valorizam os progressos para entender os estragos provocados no cérebro com o passar dos anos – como danos no DNA, declínio da função imunológica e da habilidade de eliminar toxinas – e discutem estratégias para promover a saúde do órgão.
Casal idoso em píer: alterações relacionadas à idade diminuem o suprimento de energia para o cérebro
Mariza Tavares
“Enquanto as causas das doenças são multifatoriais e apresentam uma enorme complexidade, o fator de risco preponderante é a velhice. Portanto, em vez de tratar as enfermidades quando surgem, transformar o envelhecimento no alvo será o caminho para retardar o surgimento e a progressão de inúmeras doenças, inclusive as neurodegenerativas”, escreveu Axel Guskjolen, editor da revista.
Aqui estão alguns dos destaques da publicação, que mostram como é fundamental zelar pela saúde do cérebro:
Diminuição do suprimento de energia
O sistema neurovascular cerebral, que abrange o conjunto de artérias e veias que irrigam o cérebro e o sistema nervoso central, forma uma complexa rede que não fica imune ao envelhecimento. Pesquisa de Costantino Iadecola e Monica Santisteban expõe como as alterações relacionadas à idade diminuem o suprimento de energia para o cérebro e reduzem sua capacidade de limpar as toxinas – o que ocorre durante o sono.
Retirada de resíduos e toxinas
Jonathan Kipnis e seus colegas apontam como a saúde do cérebro está diretamente associada à eficiência com que o órgão se livra dos detritos com potencial de ocasionar danos ao órgão. O processo se dá através de uma dinâmica vascular na qual o sistema glinfático drena resíduos metabólicos e toxinas do sistema nervoso central, como a proteína beta-amiloide, associada à Doença de Alzheimer. O envelhecimento compromete a eficácia da “faxina”, levando ao acúmulo de substâncias nocivas, e terapias para recuperar esse fluxo poderiam evitar o declínio cognitivo.
O sistema imunológico e a saúde do cérebro
Michal Schwartz e mais quatro autores assinam estudo sobre a relação entre o sistema imunológico e a saúde do cérebro e se apropriam da expressão latina mens sana in corpore sano (uma mente sã num corpo são), transformando-a em “uma mente saudável num sistema imunológico saudável”. Segundo os pesquisadores, o rejuvenescimento do sistema imunológico através de vacinas teria chances de retardar o envelhecimento do cérebro.
Pobreza, falta de educação e de cultura contribuem para envelhecimento precoce do cérebro

Keep Up to Date with the Most Important News

By pressing the Subscribe button, you confirm that you have read and are agreeing to our Privacy Policy and Terms of Use
Advertisement