Justin Trudeau rejeita ideia de Trump de transformar Canadá em estado americano: ‘Só se o inferno congelar’

As declarações do presidente eleito dos Estados Unidos sobre o Canadá, a Groenlândia e o Canal do Panamá repercutiram bem além dos países que podem ser diretamente afetados. Justin Trudeau rejeita ideia de Trump de transformar Canadá em estado americano: ‘Só se o inferno congelar’
Reprodução/TV Globo
Reações às ameaças Donald Trump já começaram, com condenações da comunidade internacional.
O primeiro-ministro canadense rejeitou a ideia de Donald Trump de transformar o Canadá em um estado americano. Justin Trudeau escreveu:
“Só se o inferno congelar que o Canadá vai se tornar parte dos Estados Unidos. Os trabalhadores e as comunidades dos dois países se beneficiam do fato de serem os maiores parceiros comerciais e de segurança um do outro.”
O ministro das Relações Exteriores do Panamá, Javier Martinez-Acha, afirmou que a soberania do canal não é negociável. Disse que isso faz parte da história de luta do país e é uma conquista irreversível.
“Que fique claro, o canal é dos panamenhos e continuará sendo”, disse.
Sobre o Golfo do México, o governo mexicano declarou que este nome é reconhecido internacionalmente e usado há centenas de anos. A presidente Claudia Sheinbaum apresentou um mapa do século 17 e sugeriu que a América do Norte – incluindo os Estados Unidos – deveria ser chamada de América Mexicana, como mostra o documento.
Presidente do México, Claudia Sheinbaum, sugeriu que América do Norte – incluindo os EUA – deveria ser chamada de América Mexicana
Reprodução/TV Globo
O primeiro-ministro das finanças da Groenlândia reforçou o que o primeiro-ministro do território já havia dito no passado: “a ilha não está à venda”.
O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, reconheceu que as crescentes preocupações dos Estados Unidos com a segurança no Ártico são legítimas, diante das atividades da Rússia e da China na região, e que a Groenlândia – um território autônomo da Dinamarca – tem ambições de independência.
“Se elas se materializarem, a Groenlândia se tornará independente, embora dificilmente um estado federal dos Estados Unidos”, afirmou o chanceler.
A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, foi além:
“Somente a Groenlândia pode decidir e determinar o futuro da Groenlândia”, disse ela.
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As declarações do presidente eleito dos Estados Unidos repercutiram bem além dos países que podem ser diretamente afetados. O primeiro-ministro da Alemanha expressou surpresa. Olaf Scholz disse que ele e outros parceiros europeus não entenderam o que Donald Trump quis dizer com os comentários.
“O princípio da inviolabilidade das fronteiras se aplica a todos os países, independentemente de estarem a leste ou oeste de nós. Todos os países precisam respeitar isso, independentemente de serem pequenos ou muito poderosos”, Scholz afirmou.
O primeiro-ministro disse ainda que esse é um princípio fundamental do direito internacional e um componente central dos valores ocidentais.
O ministro das Relações Exteriores da França destacou que a Groenlândia é um território da União Europeia. A Dinamarca faz parte do bloco. Jean Noel Barrot afirmou que a União Europeia não vai tolerar que nenhum país, qualquer que seja, ataque as suas fronteiras.
Jean Noel Barrot afirmou que a União Europeia não vai tolerar que nenhum país, qualquer que seja, ataque as suas fronteiras
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