8 de janeiro: ataques às sedes dos Três Poderes ficam registrados na memória nacional

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal concluiu que os golpistas agiram com a intenção clara de derrubar um governo democraticamente eleito com uso de meio violento e atuaram de forma conjunta. Imagens dos ataques às sedes dos três poderes correram o mundo e ficaram registradas na memória nacional
As imagens dos ataques às sedes dos Três Poderes correram o mundo e ficaram registrados na memória nacional.
Era um domingo. A tentativa de golpe começou com uma caminhada no início da tarde daquele 8 de janeiro de 2023. Golpistas convocados por redes sociais e vândalos que estavam acampados há meses em frente ao Quartel General do Exército seguiram em direção à Esplanada dos Ministérios.
O Congresso Nacional foi o primeiro a ser atacado. Os vândalos entraram pelo Salão Negro e chegaram ao Salão Verde. Quebraram vidros, móveis, obras de arte. No plenário do Senado, pisaram nas cadeiras, ocuparam a mesa diretora, escorregaram na rampa de acesso à tribuna.
Ao mesmo tempo, outro grupo chegava ao Palácio do Planalto. Com pedras e paus, invadiram o prédio sem encontrar resistência. Mais destruição. Móveis, quadros, esculturas, o relógio histórico, gabinetes, a galeria de fotos de ex-presidentes.
O STF – Supremo Tribunal Federal também foi invadido. Os golpistas quebraram os vidros da fachada, destruíram o plenário, estátuas, móveis, poltronas, obras de arte. Arrancaram a porta de um armário do ministro Alexandre de Moraes. Tudo registrado pelos próprios vândalos.
8 de janeiro: ataques às sedes dos Três Poderes ficam registrados na memória nacional
Reprodução/TV Globo
A PM só conseguiu isolar a Praça dos Três Poderes no início da noite. No momento dos ataques, o presidente Lula estava em São Paulo. De volta a Brasília à noite, viu a destruição no Planalto e decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.
A maioria dos ministros do STF – Supremo Tribunal Federal concluiu que os golpistas agiram com a intenção clara de derrubar um governo democraticamente eleito com uso de meio violento em favor de Jair Bolsonaro e atuaram de forma conjunta, e ainda estão no Supremo ainda as investigações sobre os organizadores e financiadores dos atos golpistas, responsáveis por um prejuízo que passa de R$ 26 milhões nos Três Poderes.
Em dois anos de investigações, o STF condenou 371 pessoas que incitaram ou praticaram os atos. A maioria foi condenada pelos crimes de:
abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
dano qualificado;
golpe de Estado;
deterioração do patrimônio tombado;
associação criminosa.
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Reprodução/TV Globo
Cento e noventa e três condenados não podem mais recorrer, e 71 já cumprem pena de forma definitiva. Penas que variam de 3 a 17 anos de prisão. Cinco pessoas foram absolvidas por falta de provas.
Ainda em 2025, o Supremo deve julgar a ex-cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal por suposta omissão. A Polícia Federal concluiu que houve falha no sistema de segurança pública.
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Reprodução/TV Globo
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