Técnicos do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado investigam origem dos casos de febre Oropouche em Piau

Quatro servidores estão na cidade desde segunda-feira (6) e também buscam entender como a doença afeta o corpo da pessoa infectada. Município ocupa a segunda posição em MG no ranking de notificações. Técnicos do Ministério da Saúde em Piau
Gabriel Landim/TV Integração
Técnicos do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) estão em Piau, na Zona da Mata mineira, desde esta segunda-feira (6) para investigar os casos confirmados de febre Oropouche na cidade, que ocupa a 2ª colocação no ranking de MG com o maior número de infectados.
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Atrás apenas de Joanésia, que tem 140 notificações, o município registra, até o momento, 85 confirmações e outras 25 seguem em análise.
Além dos servidores do Governo Federal e da SES-MG, uma equipe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) chega em Piau na quarta-feira (8) para auxiliar nos trabalhos.
Oropouche: entenda origem, sintomas e tratamento
Febre Oropouche: Piau é a segunda cidade de MG com mais casos confirmados da doença
Mapeamento dos casos
De acordo com a apuração da TV Integração na cidade, quatro epidemiologistas irão realizar coletas de dados e investigar mais sobre o controle da doença.
Confira abaixo como será o planejamento da equipe:
Objetivo da primeira etapa:
Os profissionais querem entender como a febre Oropouche tem se propagado na cidade.
Investigação das características das pessoas infectadas:
Analisar quem são os moradores que estão adoecendo, se eles têm comorbidades ou não, e se essas condições se agravam com a doença.
Identificação das áreas com maior número de casos:
Estudo das áreas com mais notificações, por exemplo.
Coleta:
Após o planejamento, os epidemiologistas devem andar pelas ruas para buscar novos dados que ajudem a compreender as características da febre Oropouche.
Orientação à população e ao município:
Ao mesmo tempo, a equipe irá orientar a população e o município sobre o controle da doença.
Indianara Tereza, coordenadora do Programa Saúde da Família (PSF) do município, explicou à reportagem da TV Integração como será feito o mapeamento dos casos na região.
“Eles querem entender a ocorrência da doença e como ela afeta o corpo das pessoas”, disse.
Ela ainda ressaltou que o foco da ação é o paciente e que a equipe deve ficar na cidade por um mês.
Além disso, a Prefeitura está testando em Piau um inseticida chamado ‘Fludora’, utilizado no combate ao Aedes aegypti. Após orientação do Estado, eles agora querem saber se ele também é eficaz contra o Culicoides paraensis, conhecido como ‘maruim’, que transmite a doença da febre Oropouche.
Febre de Oropouche pode ser transmitida pela picada de maruim e pernilongo
Dive/Divulgação
Situação na região
Além de Piau, há casos confirmados em Juiz de Fora, Bom Jardim de Minas, Coronel Pacheco e Tabuleiro, todos com um registro em cada.
Mais sobre a doença
🔎 A febre Oropouche é transmitida principalmente por mosquitos.
Após picarem uma pessoa ou animal infectado, eles mantêm o agente patogênico no sangue por alguns dias. Quando picam outra pessoa saudável, podem transmiti-lo.
Os sintomas são:
dor de cabeça;
dor muscular;
dor nas articulações;
náusea;
e diarreia.
*Igual os da dengue e chikungunya.
Embora a febre Oropouche possa causar complicações sérias, como meningite ou encefalite, que afetam o sistema nervoso central, esses casos são raros.
👉 Apesar disso, ela NÃO tem tratamento específico – assim como a dengue.
O Ministério da Saúde recomenda que os pacientes descansem, recebam tratamento para os sintomas e sejam acompanhados por médicos.
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