Edinho Silva destaca 348 obras concluídas em balanço dos 8 anos na Prefeitura de Araraquara

Governo termina com superávit de R$ 17 milhões e tem 98 obras em andamento, diz ex-prefeito. O ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT)
Reprodução/EPTV
O ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva (PT) fez um balanço da sua gestão na prefeitura entre os anos de 2017 e 2024, em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo, nesta segunda-feira (6). Após dois mandatos consecutivos, ele transmitiu o cargo a Dr. Lapena (PL), no dia 1º de janeiro, e destacou um superávit de R$ 17 milhões e 348 obras concluídas, além de 98 em andamento.
📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp
Esse foi o segundo período que Edinho esteve à frente da Prefeitura de Araraquara. Ele também havia governado no período de 2001 a 2008.
Pandemia e enchentes
Edinho enfrentou dois grandes desafios no último mandato: primeiro, a pandemia de Covid-19 que matou mais de 600 pessoas em dois anos e levou a cidade a decretar um lockdown, que restringia a circulação de pessoas. A medida ganhou repercussão em todo país.
Pouco depois de a pandemia ter sido controlada, em dezembro de 2022, uma enchente causou destruição em várias regiões da cidade e matou seis pessoas de uma mesma família que estavam em um carro que caiu em uma cratera aberta pela força da água.
Em ambos os casos, a administração municipal teve que destinar recursos não previstos para solucionar os problemas. Na avaliação do ex-prefeito, mesmo assim, a prefeitura está em boa situação.
“Mesmo com todas as dificuldades, eu entrego a prefeitura com R$ 17 milhões de superávit. Perante o artigo 42 da lei de responsabilidade fiscal, reduzi em R$ 23 milhões as despesas do município, deixo a folha do servidor de janeiro depositado na conta da prefeitura, entrego a prefeitura com um caixa de R$ 38 milhões para pagamento de precatórios e ainda algo inédito, que os prefeitos geralmente não fazem, nós deixamos em caixa todo o IPTU de 2025, que foi pago em 2024. Eu deixei mais de R$ 6 milhões em caixa de recursos que eu poderia ter gasto. Além do que eu aumentei R$ 263 milhões na arrecadação municipal, mesmo o município tendo tido todas essas adversidades”, afirmou.
348 obras concluídas
Obra antienchente e para área de reurbanização em Araraquara
Reprodução/EPTV
Segundo o ex-prefeito, nos últimos oito anos foram investidos R$ 740 milhões em 348 obras, sendo 40 na área de saúde e 62 na educação.
Atualmente, 36 obras estão em execução, somando mais de R$ 211 milhões em investimentos. Além disso, Edinho diz que deixa outras 98 obras em diversas fases de andamento – execução, licitação ou projeto – com recursos de R$ 385 milhões garantidos com o governo federal para suas execuções.
“O dinheiro não está na conta da Prefeitura, mas está garantido por convênio. Ele está na Caixa. A prefeitura apresenta a medição da obra feita e a Caixa deposita na conta da prefeitura. Nenhuma obra conveniada deixa de ser paga, então é dinheiro garantido para o município de Araraquara”, disse.
Recursos para obras antienchentes
Entre os recursos liberados pelo governo federal para a cidade durante o governo Edinho estão R$ 143 milhões para execução de obras contra enchentes que ele define como a “maior obra de infraestrutura da nossa história, que irá garantir a estrutura para o desenvolvimento urbano sustentável para os próximos 100 anos”.
A cidade de Araraquara, conhecida como a Morada do Sol
Reprodução/EPTV
A prefeitura ainda conseguiu a cessão de uso de área férrea que cruza a cidade e era da União. Além de a área ser usada para as obras antienchentes, no local haverá a construção do Parque dos Trilhos, um projeto antigo da cidade que será feito no entorno dos lagos de contenção das águas das chuvas.
“Nós teremos paisagismo, pista de caminhada e de corrida, ciclovia, minicampo, quadra poliesportiva. É como se a gente tivesse quatro Ibirapueras dentro de Araraquara: um na região do parque Paulo outro entre o parque São Paulo e Jardim Santa Clara, outro no Jardim Nova Época e outro na área Central dos trilhos. É uma obra muito importante e que vai redesenhar o espaço urbano de Araraquara”, afirmou.
O projeto antienchente tem quatro fases, das quais três já estão licitadas:
recuperação do canal que está embaixo da Via Expressa
passagens das pontes perto da rodoviária
passagem embaixo da Rodovia Washington Luís
A quarta fase, que é a construção de quatro lagos para retenção da água da chuva ainda não foi iniciada.
“Eu não consegui licitar porque, como é uma obra de impacto ambiental, a Cetesb está fazendo os estudos necessários, mas eu mesmo conversei com o governador Tarcísio, mostrando para ele a importância dessa obra e pedindo que a Cetesb dê celeridade”, afirmou.
O que ainda há por fazer
Entre as obras que estão previstas, está a construção estádio do Botânico, uma obra orçada em R$ 20 milhões que tem a maioria dos recursos disponibilizada pelo governo federal e pela Caixa Econômica Federal. O município entrará com uma contrapartida de R$ 2 milhões.
Também foram obtidos com o Ministério dos Esportes recursos para a construção de um ginásio multiuso no Pinheirinho.
Já entre as obras que estão em andamento está o Centro de Especialidades Médicas, iniciado antes da pandemia e suspensa durante o período de combate à Covid, mas que agora, de acordo com Edinho Silva, depende apenas da instalação do sistema de ar para ser inaugurada.
De acordo com o ex-prefeito, a empresa vencedora da licitação para esta parte da obra e a segunda colocada desistiram da execução do serviço, o que atrasou o projeto.
“Nós refizemos o projeto para saber se de fato estava com valor baixo de mercado e fizemos o termo de referência para que essa obra seja licitada novamente, para dar continuidade àquilo que eu comecei e entregar essa obra que é importante para o povo de Araraquara, que vai poder ter tranquilidade durante três, quatro décadas, no mínimo. A população pode crescer que aquele Centro vai ser o suficiente para atender”, afirmou.
Orçamento participativo e economia solidária
O ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva
Reprodução/EPTV
O novo Centro de Especialidades foi uma obra demandada no Orçamento Participativo (OP), projeto no qual as prioridades da prefeitura são eleitas em plenárias com a participação da população. O projeto é um dos grandes orgulhos de Edinho.
“Meu é maior legado imaterial é o orçamento participativo. É eu chamar a cidade para governar comigo, para decidir aquilo que era importante para ela, ou seja, não é governado de cima para baixo, é governado de baixo para cima. Eu penso que essa cultura política de você chamar o povo para governar junto com você certamente é do ponto de vista da cultura política o meu legado”, afirmou.
Outro legado destacado por Edinho é o fortalecimento da economia solidária. Durante o seu governo, muitos serviços da prefeitura foram realizados por meio de cooperativas. A administração municipal também incentivou a criação de associações de categorias de trabalhadores, como as de moto entregadores, motoristas de aplicativos, restaurantes populares e de mulheres desempregadas cozinheiras.
“Temos a cooperativa que nos ajuda muito no combate à dengue com o ‘cata treco’ porta a porta, que é a Vitória Multiserviços, que nos ajuda também na gestão dos bolsões de entulho, que é um programa importante para evitar o despejo de entulho nas áreas de mananciais. Nós temos uma cooperativa de egressos do sistema prisional, porque a maior dificuldade de quem é apenado é voltar ao mercado de trabalho. Temos a cooperativa Acácia, que faz toda a coleta seletiva do município de Araraquara. E eu dou muito valor também à cooperativa dos pequenos produtores e dos assentados, porque hoje a gente tem programas importantes de segurança alimentar.”
Dívidas
Araraquara termina 2024 com R$ 400 milhões em dívidas com o INSS (R$ 200 milhões) e com precatórios (R$ 200 milhões), que devem ser quitadas até 2033.
De acordo com Edinho, o município tem uma arrecadação de R$ 1,5 bilhão por ano e é capaz de sanar esses débitos no prazo.
Nos últimos oito anos foram pagos mais de R$ 1 bilhão em dívidas, sendo R$ 168 milhões de precatórios.
Há ainda comprometidos R$ 18 milhões que a prefeitura deve aplicar nas obras que estão sendo realizadas no município. Para o pagamento, o ex-prefeito disse que deixou aprovada a fonte desses recursos.
“Quando a gente executa uma obra, uma parte é de recurso próprio, você tem que complementar a obra. Isso é natural em qualquer convênio que se faça junto ao governo do estado, junto ao governo federal, mas eu já deixei aprovado na Câmara, portanto com autorização legislativa, áreas do município – inclusive que tem demanda junto ao mercado imobiliário – para que sejam vendidas num total de R$ 34 milhões.”
Para o ex-prefeito, o comprometimento desse valor que ele deixou para a administração que foi iniciado em 1º de janeiro não prejudica a cidade, pelo contrário, ajudará no seu desenvolvimento.
“Isso não pode ser tratado como uma coisa negativa para o município, tem que ser tratado como algo positivo, é o maior volume de investimentos da história da cidade. Governar é assim, você dá continuidade. Uma prefeitura não é um comércio que baixa a porta, fica uma semana fechada e põe uma placa ‘Sob Nova Direção’. Por isso que tem transição, porque governar é você dar continuidade aquilo que está sendo feito.”
VÍDEOS DA EPTV:
Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara

Keep Up to Date with the Most Important News

By pressing the Subscribe button, you confirm that you have read and are agreeing to our Privacy Policy and Terms of Use
Advertisement