Polícia identifica suspeito de atirar na cabeça de jovem no Réveillon por causa de pisão no pé

A morte cerebral de Kauan foi confirmada nesta sexta-feira (3). Homem é baleado na cabeça depois de pisar no pé de traficante no réveillon
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense aponta Márcio Lucas Rosa de Sousa, de 31 anos, como sendo o traficante que baleou um jogador de futebol de 18 anos no Réveillon. A polícia afirma que o homem tem condenações por tráfico e roubo e estava em liberdade desde de janeiro de 2024.
A polícia investiga a versão de que “De Ferro” teria sido morto pelo tribunal do tráfico após a repercussão do que aconteceu com Kauã Galdino Florêncio Pereira. O jovem pisou no pé do traficante, pediu desculpas mas ainda assim foi baleado na cabeça. Ele teve morte cerebral.
Segundo a polícia, Márcio cumpriu 8 anos de prisão por tráfico e roubo. A identificação foi possível através do uso de software de reconhecimento facial pelo Instituto de Identificação Félix- IIFP da Secretaria de Polícia Civil.
As investigações seguem para localizar o paradeiro do suspeito e a Delegacia de Homicídios ainda considera a hipótese de que ele tenha sido morto, mesmo que o corpo ainda não tenha sido encontrado.
A família de Kauã optou por doar os órgãos do rapaz. A captação deve acontecer ainda neste sábado (4).
‘Tinha dois sonhos: ser jogador e paraquedista’
Ainda antes de saber da morte do filho, o motorista de aplicativo Renato Pereira, fez um desabafo. Ele lembrou dos últimos momentos em que esteve com o filho e contou que, no primeiro minuto de 2025, Kauan recebeu uma mensagem do Exército, onde havia se alistado, indicando que ele iria para uma Brigada de Infantaria Paraquedista.
“Ele passou a virada com a gente. Quando entrou 2025, ele recebeu uma mensagem no telefone dizendo que ele iria para um batalhão para ser paraquedista. Meu filho começou a dançar e pular de alegria. Ele tinha dois sonhos: ser jogador e paraquedista”, contou Renato.
Ainda de acordo com o pai, por volta das 3h, o filho foi para a casa de um tio materno e de lá seguiu para um baile.
“Como ele é jovem, emocionado, ele disse que iria para a casa do parente dele. Eu ainda pedi: ‘Meu filhinho, não vai. Não vai, por favor’. Mas ele é jovem. Ele foi. Depois, bateram lá no portão de casa dizendo que o meu filho tinha sido baleado. Eu saí desesperado e fui para a UPA (de Queimados). Cada um fala uma coisa, mas ninguém sabe de fato o que aconteceu. O que sabemos é que o bandido deu um tiro à queima-roupa no meu filho. Atirou num menino estudioso. Fizeram uma covardia com um menino que é bobão, quieto, que só tinha tamanho.”
Polícia investiga se traficante que teria atirado foi morto
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) vai investigar se o traficante ‘Testa de Ferro’, suspeito de atirar em Kauan, foi morto por determinação do Comando Vermelho (CV).
Testa de Ferro seria chefe do tráfico de drogas da comunidade São Simão e teria disparado contra o rapaz após um desentendimento por conta de um pisão no pé.
O g1 e a TV Globo apuraram que os chefes da facção criminosa teriam se irritado com a decisão do traficante e, para evitar “problemas”, teriam determinado a execução do criminoso.
O traficante ‘Testa de Ferro’ (à esquerda) é suspeito de atirar no jogador amador Kauan Galdino (à direita), na noite do réveillon.
Reprodução

Keep Up to Date with the Most Important News

By pressing the Subscribe button, you confirm that you have read and are agreeing to our Privacy Policy and Terms of Use
Advertisement