Em um ano, casos de tuberculose aumentam 35% em Uberlândia

Superintendência Regional de Saúde (SRS) informou que em 2023 foram 219 casos e ano seguinte, 294. Casos de tuberculose em Uberlândia aumentam quase 35%
Mesmo sendo uma doença milenar e curável, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Uberlândia, informou que os casos de tuberculose na cidade aumentaram quase 35% em 2024.
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Segundo a superintendência, em 2023 foram 219 casos, enquanto em 2024 foram 294. Desses, há 12 óbitos em 2023 e 5 no ano seguinte.
“O aumento vale também por conta da possibilidade do diagnóstico. Sem falar que pós-Covid temos uma população com maior sequela pulmonar, o que favorece a tuberculose”, explicou a infectologista Francielly Gastaldi, do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU).

Tuberculose pelo mundo
Casos de tuberculose aumentam em 2024
Raíza Milhomen/Prefeitura de Palmas
No mundo, a cada ano, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose. A doença é responsável por mais de um milhão de óbitos anuais. Já no Brasil, são notificados aproximadamente 80 mil casos novos e ocorrem cerca de 5,5 mil mortes em decorrência da tuberculose.
Em 2022, a tuberculose atingiu 10,6 milhões de pessoas no mundo. Apesar da incidência global da doença ter diminuído 8,7% desde 2015, na América Latina a ocorrência de casos aumentou 19% no mesmo período.
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A doença
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch.
Ela é transmitida por via respiratória, pela eliminação de aerossóis de uma pessoa com tuberculose ativa. Contudo, é importante ressaltar que a doença não se transmite por objetos compartilhados.
O principal sintoma da tuberculose é uma tosse persistente por três semanas ou mais. Essa tosse pode ser seca ou com catarro. Além disso, febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento também são sinais.
Já o diagnóstico é feito através do teste rápido molecular, exame de cultura e teste de sensibilidade aos fármacos. A realização de uma radiografia do tórax também pode ser indicada.
Para o tratamento, o ideal é que o paciente faça o uso dos medicamentos indicados durante seis meses, independente do desaparecimento dos sintomas.
Com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, após 15 dias, o risco de transmissão da doença é bastante reduzido.
“O tratamento da tuberculose não é só tomar o remédio, ele tem todas as suas peculiaridades. As vezes o paciente peca por desconhecimento, o que faz o tratamento não fazer efeito”, diz Francielly.
É importante enfatizar que a bactéria que causa tuberculose também pode ficar inativada no corpo, sem manifestação da doença.
“A maior parte da população terá contato com a bactéria da tuberculose mas somente alguma porcentagem vai desenvolver. O mais comum é ter o comprometimento pulmonar, sudorese noturna, emagrecimento, mal-estar”, finaliza.
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